Eram 47 vagas no total na quinta e 42 ontem nas redes pública e privada
O secretário de Saúde Carmino de Souza confirmou que mais 89 leitos de UTI serão abertos (Divulgação/PMC)
A disponibilidade de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 em Campinas caiu de 47 na quinta-feira, para 42 ontem. A taxa de ocupação nas redes pública e privada era de 86,54% dos 312 leitos ofertados. Com o estrangulamento de oferta na rede pública, a pressão sobre a rede privada avança. Com mais sete pacientes internados ontem, a taxa de ocupação das UTIs da rede particular passou de 67% na quinta-feira, para 72,46% ontem. No SUS municipal, que inclui os hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e leitos contratados na rede privada, a taxa de ocupação ficou ontem em 99%, após registrar a ocupação total dos 118 leitos - apenas um leito estava disponível. Já a rede estadual, com a Unicamp e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), dos 56 ofertados, 53 estavam ocupados ontem, uma taxa de 94,64%. Assim, Campinas teve ontem quatro leitos disponíveis para o SUS. A taxa de ocupação de leitos de UTI com pacientes infectados pelo novo coronavírus é um dos cinco critérios que o governo do Estado adota para definir se uma região poderá avançar, ou terá que retroceder, na flexibilização. Se o único critério fosse a ocupação de leitos, com 86,54%, a cidade teria que voltar à fase vermelha, onde apenas serviços essenciais podem funcionar. A avaliação também pondera a proporção de leitos de UTI por 100 mil habitantes e o avanço da epidemia - novos casos, internações e mortes. Na quinta-feira, o prefeito Jonas Donizette anunciou a incorporação de mais leitos para atendimento de infectados pelo novo coronavírus. Foram abertos 18 de retaguarda no Hospital de Campanha. Além disso, em UTIs, haverá mais sete na Beneficência Portuguesa, 15 no Hospital Metropolitano e dez na Santa Casa, com a adição de 32 leitos equipados e com profissionais treinados. Na próxima semana, informou o secretário de Saúde, Carmino de Souza, 89 leitos de UTI serão incorporados.