RESSONÂNCIA

Diretor diz que Hospital Vera Cruz não sabia de nada

Direção do hospital não sabia que o produto químico, que matou pacientes, existia dentro do Vera Cruz

Raquel Valli
07/05/2013 às 08:04.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:25

'A direção do hospital Vera Cruz não sabia que o produto químico perfluorucarbono existia dentro do hospital e nem que estava sendo usado'. A afirmação foi adiantada à reportagem do Correio Popular, na tarde desta segunda-feira (6), por um dos diretores do hospital, Vitório Verri, antes dele prestar depoimento, hoje, no 1º Distrito Policial de Campinas (SP).

Verri disse ainda que são distintas as direções do Vera Cruz e da Ressonância Magnética Campinas (RMC) - empresa terceirizada que realiza esse tipo de exame dentro do hospital.

Já o advogado da RMC, Ralph Tórtima Stettinger, afirmou que o caso está longe de ser dolo eventual (ou seja, com a intenção de matar). Disse ainda que o produto é usado em universidades e em outros hospitais em exames externos, e que não tem conhecimento de que a substância seja proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O representante comercial da empresa que comprou o perfluorocarbono da 3M e que o revendeu para a RMC, disse, em depoimento, não saber que a substância era usada em exames. Carlos José de Almeida disse que o vende para limpeza de equipamentos. A informação sobre o conteúdo do depoimento dele foi dada pela delegada Cibele Sanches. Segundo a policial, se o produto fosse regularizado pela Anvisa, a própria 3M o venderia.

A substância, que é tóxica, foi injetada na veia de três pacientes, que morreram. Segundo o inquérito, a injeção, com a substância errada, foi dada devido a erro humano. Ao invés do perfluorocarbono, as vítimas deveriam ter tomado soro.

Com informações da repórter Cecília Polycarpo, da AAN 

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