DIG desmantela desmanche de veículos

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Campinas, desmantelaram na tarde desta segunda-feira (15), um desmanche de veículos, em Indaiatuba. Um comerciante de 46 anos foi preso em flagrante por receptação e crime ambiental. Centenas de carcaças de carros foram apreendidas, mas como a polícia não tem espaço para abrigar, foram deixadas no local, que foi lacrado. O desmanche funcionava em um terreno murado e fechado, de cerca de quatro mil metros quadrados, na rua Turmalina, no Distrito Industrial. Os policiais civis chegaram ao local ao investigarem um esquema de fraudes contra seguradoras praticado por segurados de veículos com a participação de um comerciante da cidade de Indaiatuba. Durantes as apurações, verificou-se que o comerciante João Batista Souza de Amorim também comprava veículos produtos de roubos e furtos. "O trabalho começou entre 40 e 50 dias. Ontem (segunda-feira), montamos a operação e quando chegamos na loja, descobrimos o terreno usado para o desmanche" , contou o delegado assistente da DIG, Roney de Carvalho Barbosa Lima. No terreno, os agentes encontraram diversas peças registradas como roubo, além de alguns veículos ainda não desmontados. Além de carros novos, também haviam dezenas de carros antigos. Segundo Lima, o dono do estabelecimento comprava veículos a valores baixos, depois os levava ao barracão, onde os desmanchava a céu aberto, sem nenhum tipo de bloqueador de sinal ou espaço com tratamento acústico, para abafar o barulho. "O local parece um cemitério de carros, de tantos veículos. Tinha muitas placas no local e muitos dos veículos estão sem baixa no Detran. Ou seja, qualquer hora alguém será cobrado do IPVA ou por multa" , comentou o delegado. Ainda conforme Lima, foi constatado que o comerciante realmente comprava carros de golpes do seguro, nos quais donos entregam o veículo por um valor baixo, fazem boletim de ocorrência de furto ou roubo e depois acionam o seguro. "Ele disse que consultava para ver se os carros eram roubados ou não, mas é acreditamos que não, pois para vender peças usadas o estabelecimento tem que ter autorização do Detran, inclusive as peças têm que estar com selo" , disse o delegado. Ao menos 26 módulos de ignição suspeitas foram apreendidas e uma delas apresentava uma numeração que constatou ser de um carro roubado em Indaiatuba, recentemente. O dono da loja foi levado para a DIG e o caso foi registrado como receptação e crime ambiental, uma vez que o óleo dos carros era descartado de forma irregular. "Vamos continuar a investigação para ver se há mais pessoas envolvidas e também para descobrir s origens das ignições" , disse Lima, frisando que notificará o Detran, a Cetesb e outros órgãos competentes para averiguar o local.