Um total de 3.651 crianças entre 6 meses e 5 anos compareceram aos 86 postos de vacinação no Dia D contra o sarampo, sábado passado, em Campinas
Um total de 3.651 crianças entre 6 meses e 5 anos compareceram aos 86 postos de vacinação no Dia D contra o sarampo, sábado passado, em Campinas. A grande maioria, entretanto, não precisou ser vacinada porque estava imunizada. Desse total, foram aplicadas 349 doses, o que representou 9,55% do total de crianças que compareceram. A Secretaria de Saúde de Campinas informou, via assessoria, que a campanha — iniciada dia 7 de outubro passado e que seguirá até o próximo dia 25 — é de intensificação, voltada para crianças que ainda não foram vacinadas. Nesse período exclusivo de campanha foram vacinadas 1.904 crianças. Uma segunda fase vai intensificar a vacinação de adultos de 20 a 29 anos, entre 18 e 30 de novembro. Mais de 85 mil crianças já foram vacinadas contra o sarampo no município em 2019. Ainda assim, diante da situação epidemiológica no País e no Estado de São Paulo, Campinas optou por promover esta nova intensificação da vacinação contra a doença. Campinas já confirmou 86 casos da doença neste ano e lidera o ranking da Região Metropolitana (RMC), que totaliza 191 registros confirmados de sarampo em 14 municípios, entre 8 de julho e ontem. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que entre as 86 confirmações em Campinas, 58 registros foram de crianças e adolescentes: 27 foram em menores de um ano; 20 em crianças entre 1 e 4 anos; cinco, em crianças entre 5 e 9 anos; um entre 10 e 14 anos; e cinco entre 15 a 19 anos. Outros 20 casos ocorreram em adultos na faixa etária entre 20 e 34 anos; sete, na faixa entre 35 e 49 anos de idade; e um caso entre 50 e 64 anos. Não houve óbitos. A diretora do departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, afirma que a vacina é a única forma de interromper a cadeia de transmissão do vírus. "Os adultos devem levar as crianças para tomar a vacina, que é segura e está disponível em todos os centros de saúde e, neste sábado, terá postos extras", disse. Febre Maculosa O primeiro caso de febre maculosa de Hortolândia neste ano foi confirmado ontem pela Prefeitura da cidade. A doença foi contraída por uma mulher, de 31 anos, que se recuperou bem da doença. A Prefeitura informou que existem 14 áreas de transmissão da doença mapeadas no município, locais com possibilidade de infestação de carrapato estrela, transmissor da febre maculosa. Tosca de Lucca Benini Tomass, veterinária da Unidade de Vigilância e Zoonoses (UVZ), disse que a Prefeitura já sinalizou essas áreas com placas e orienta a população a ficar atenta aos sintomas da doença ao frequentar estes locais. Segundo a veterinária, a mulher pode ter sido infectada em outro município. "Refizemos todo o trajeto diário dela em Hortolândia e os locais em que ela esteve nos últimos dias. Não houve contato com áreas de transmissão da febre maculosa", afirmou. Tosca afirmou que as pessoas que apresentarem sintomas de febre e mal estar após frequentar áreas de mata, beira de córregos, parques e praças deve procurar o serviço de saúde mais próximo de casa e relatar os sintomas, que indicam suspeita de Febre Maculosa. "Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe comum e, por isso, devem ser falados ao médico", comentou.