Desfiles em Campinas têm público de 48 mil pessoas

Mais de 48 mil foliões acompanharam os desfiles de 11 escolas de samba nas duas noites do Carnaval Novo Tempo, realizado na Avenida do Samba, na saída do Túnel Joá Penteado, na Vila Industrial, em Campinas.

Na noite de terça-feira (12), a festa foi aberta pela corte carnavalesca e, na sequência, o Bloco Bola de Neve, formado por membros da igreja de mesmo nome, sacudiu a arquibancada com orações e causou polêmica ao misturar samba com músicas gospel.

A passagem do bloco dividiu opiniões. A aposentada Laura Freitas aprovou o bloco. “Sou cristã e vim só para ver o bloco. Acho que para adorar a Deus vale tudo”, disse. Já para o estudante Julio Lemes, é complicado misturar religião com Carnaval. “Acho que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não vejo necessidade de misturar tudo.”

Na primeira noite de festa, o público começou tímido e foi crescendo aos poucos. A contagem final mostrou que mais de 24 mil foliões acompanharam os desfiles de seis escolas campineiras: Águia de Ouro, Acadêmicos de Madureira, Unidos de Vila Rica, Leões da Vila Padre Anchieta, Estrela D’Alva e Renascença.

Na última noite, 23.364 pessoas acompanharam os desfiles, segundo contagem oficial da Prefeitura. “Nos preparamos para um total de 30 mil por noite, mas não achávamos que passaria dos 15 mil. Superou todas as nossas expectativas”, disse o diretor de Cultura, Gabriel Rapassi. O prefeito Jonas Donizette (PSB) passou pelo evento acompanhado da primeira-dama, Sandra Ciocci.

A família do secretário de Cultura também prestigiou os desfiles, assim como o vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira (PSDB). Para ele, o Carnaval de Campinas foi muito bom. “Tivemos uma festa muito animada, com um ambiente muito familiar e sem nenhum tipo de ocorrência relevantes. Tanto os blocos de rua com o as escolas fizeram muito bonito nesses dias de festa”, disse. A última noite de desfiles também contou com a presença da princesa e da miss Campinas de 2012.

As escolas mais ovacionadas pelo público foram a Ponte Preta Amor Maior e Rosa de Prata, ambas do grupo especial.Também passaram pela Avenida do Samba as agremiações Unidos do Paranapanema, do grupo de acesso, Acadêmicos dos Amarais, e Unidos do Shangai. Todas fizeram bonito e sacudiram as arquibancadas.

O secretário da Cultura, Ney Carrasco, considerou positivo o evento. “Foi tudo dentro das expectativas previstas pela organização, tudo dentro do esperado. Fizemos o melhor possível dentro do tempo que tivemos”.

Contagem oficial

O público do evento foi medido por meio de um contador estatístico analógico, usado pela primeira vez pela Prefeitura. Cada um dos cinco portões contou com três acessos de entrada e um de saída. Em cada acesso, um funcionário ficava de prontidão para apertar o botão do aparelho a cada folião que entrava na festa. O preço do aparelho varia entre R$ 25,00 e 30,00. A cada 30 minutos, cada funcionário passa o número registrado no seu aparelho.

As informações foram direto para um sistema desenvolvido pela própria secretaria para fazer a somatória dos números. A partir de agora, todos os eventos realizados pela secretaria contarão com os aparelhos.

Apesar de não ser um equipamento obrigatório, com ele é possível controlar entrada e saída, o que facilita o controle de segurança do evento. Caso as equipes percebam que o público está no limite, os funcionários podem fazer um bloqueio para impedir excessos. Este ano, devido aos cortes no evento, não haverá premiação nem escolha das melhores escolas.