Nesta terça-feira (12), cinco escolas encerram os desfiles em Campinas
Desfiles tiveram início às 21h (Rodrigo Zanotto/Especial para AAN)
Os recursos mais enxutos — R$ 1,2 milhão —, o curto prazo para preparar a festividade e o cancelamento dos trios elétricos acabaram enxugando também o público na abertura dos desfiles das escolas de samba de Campinas. A estrutura montada pela Prefeitura previa uma festa modesta na Avenida do Samba, com 11 agremiações, mas com um público de até 30 mil pessoas em dois dias, no intitulado Carnaval Novo Tempo.
Entretanto, na abertura da festa, pouco mais de 3 mil pessoas acompanhavam os desfiles das duas primeiras escolas — a pleiteante Águia de Ouro e a do grupo de acesso Acadêmicos de Madureira — na Avenida do Samba, na saída do Túnel Joá Penteado, Vila Industrial.
A Águia de Ouro entrou por volta das 21h para animar a noite com o samba-enredo Da zona sul surge o sonho colorido da folia e a voz do povo no poder, de Edson Jóia. A escola, fundada no ano passado, no bairro Jardim Centenário, veio com 110 componentes, um carro alegórico e muito brilho, com as cores azul, amarelo e branco.
Já a Acadêmicos de Madureira, do bairro São Bernardo, sacudiu a avenida com três alegorias e 300 componentes. As cores da escola foram branco, amarelo e vermelho. O samba-enredo Uma viagem ao Brasil, de Elcio Pacheco (Toco) embalou a festa. A comissão de frente levou um pouco do Nordeste à avenida, com um grupo representando o frevo.
A recepcionista Lucilene Silva foi até a avenida para prestigiar os desfiles. “Eu sempre venho, adoro Carnaval e acho que temos que prestigiar os eventos culturais da cidade”, disse.
Acompanhado pelo Secretário de Cultura, Ney Carrasco, o vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira (PSDB) abriu oficialmente a festa por volta das 20h. Após o desfile da realeza — formada pelo Rei Momo, Marcelo de Moraes, e pela Rainha, Juliana dos Santos —, os blocos Ibaô Afoxé e dos Cadeirantes passaram pela avenida para dar início e embalar a noite.
O vendedor Renato Alves, de 30 anos, elogiou a iniciativa dos cadeirantes e disse que ficou surpreso com a disposição deles. “Muito legal, tem muita gente com muito menos dificuldades que nem pensa em fazer o que eles estão fazendo”, afirmou.
A folia ainda segue pela madrugada desta terça-feira (12), com o desfile de mais quatro escolas do grupo especial — Unidos de Vila Rica, Leões da Vila Padre Anchieta, Estrela D’Alva e Renascença.
O casal Julia Batista e Rubens Santos, que vinha de um bloco de rua, garantiu que iria ficar até o final. “Queremos curtir a noite toda. O Carnaval de rua está maravilhoso, espero que este esteja à altura”, disseram.
Nesta terça-feira (12), cinco escolas encerram os desfiles: Unidos do Paranapanema, Acadêmicos dos Amarais, Ponte Preta Amor Maior, Unidos do Shangai e Rosa de Prata.