Carnaval

Desfile contra a homofobia marca último dia

De acordo com a Guarda Municipal de Campinas, a expectativa era de receber cerca de 2 mil a 3 mil pessoas. Por volta de 17h, segundo a GM, havia cerca de 1,5 mil pessoas

Letícia Guimarães
14/02/2018 às 08:16.
Atualizado em 22/04/2022 às 13:58
Adultos e crianças se reuniram na Praça Dom Agnelo Rossi e brincaram ao som da bateria do Bloco Paredão, que neste ano levou o tema "Diga não à Homofobia" (Leandro Ferreira)

Adultos e crianças se reuniram na Praça Dom Agnelo Rossi e brincaram ao som da bateria do Bloco Paredão, que neste ano levou o tema "Diga não à Homofobia" (Leandro Ferreira)

Ontem foi dia de encerrar a folia do Carnaval em Joaquim Egídio. Os blocos Paredão, do Boi e Unidos da Tribo se juntaram para promover a brincadeira na Praça Dom Agnelo Rossi. De acordo com a Guarda Municipal de Campinas, a expectativa era de receber cerca de 2 mil a 3 mil pessoas. Por volta de 17h, segundo a GM, havia cerca de 1,5 mil pessoas. A concentração dos foliões começou ao meio-dia, em frente ao Salão Social, mas logo uma multidão coloriu a praça com fantasias, confetes e serpentinas. Famílias, casais e turmas de amigos brincaram ao som da bateria do Bloco Paredão, que este ano levou às ruas o tema "Diga não à Homofobia". Com integrantes homens fantasiados de mulher, o grupo animou os foliões. "Trocar as roupas do dia a dia vale a brincadeira. E estamos dentro do tema proposto pelo bloco, fazendo uma espécie de manifestação", disse o corretor Leonardo Henrique da Silva, de 23 anos, que adotou o codinome Janete para brincar o Carnaval. Para quem foi sem fantasia, o problema poderia ser resolvido na praça mesmo. O autônomo Marconi Santos, de 46 anos, veio da Zona Leste de São Paulo com mais três familiares para vender adereços no local. Ele conta que viu pelas redes sociais a programação e resolveu ganhar um dinheiro extra. "Trouxe os acessórios para quem não veio fantasiado poder entrar no clima. Por R$ 10 a pessoa pode comprar uma touca rastafari com tranças, tiara de gatinho, de unicórnio ou coroa de flores", contou. Quem gostou da ideia e escolheu uma coroa de flores branca foi a enfermeira Talita Nogueira, de 33 anos. "Eu vim almoçar em um restaurante aqui perto, e resolvi ficar para o Carnaval. Como estava sem fantasia, comprei um enfeite", disse. Fãs de games, o casal Cláudia e Paulo dos Anjos, de 37 e 33 anos, respectivamente, chamaram a atenção. Enquanto Paulo estava vestido do personagem Mario, do videogame Mario Bros, a companheira usou uma caixa de papelão para se fazer de bloquinho e um balão colorido simulando um cogumelo. "Reaproveitei a fantasia que usei no ano passado, e como queríamos vir combinando, improvisamos com a caixa de papelão", explicou o homem. A pequena Beatriz, de um ano e meio de idade, curtiu a folia junto da mãe, a securitária Caroline Korbes Campidelli, de 33 anos. Fantasiada de Minnie Mouse, a menina aproveitou seu segundo Carnaval em meio a confetes e serpentinas, sem se deixar incomodar pelo som da bateria. "Ela adora essa farra. Só fica um pouco irritada quando está com sono, mas este é o segundo Carnaval dela, e estamos adorando", disse a mãe.

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