Geraldo Simoneti Júnior estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva do Mário Gatti
Um desempregado de 29 anos foi baleado em uma lanchonete, na região do Jardim São José, em Campinas, no dia 27 de fevereiro, mas o registro do crime só ocorreu na manhã desta terça-feira (7) quando a família foi comunicar a Polícia Civil sobre a morte do rapaz. Geraldo Simoneti Júnior estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Mário Gatti. Ele foi levado para a unidade de saúde por um conhecido. "Na época, ficamos tão abalados que nem pensamos em fazer boletim de ocorrência. Achamos que o próprio hospital chamaria a polícia", disse o irmão, o despachante José Carlos Simoneti.O crime ocorreu em uma sexta-feira à noite. Segundo José Carlos, Júnior tinha por hábito comer lanches no local toda sexta-feira. No dia chovia muito e o dono do estabelecimento puxou o toldo para não molhar os clientes. Segundo testemunhas, um homem chegou no local e através de uma fresta colocou a arma para dentro e fez ao menos sete disparos, sendo que três deles acertaram Júnior no tórax e fêmur. "Havia crianças, casais e apenas meu irmão foi atingido", falou o despachante.O desempregado tinha passagem criminal por porte ilegal de arma. A família suspeita que o alvo dos tiros era Júnior. "Só não entendemos o motivo que não fizeram boletim de ocorrência. Acredito que houve negligência por parte de alguém, especialmente do hospital" . A perícia na lanchonete só foi feita esta manhã após o registro da ocorrência. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, não existe uma obrigação da unidade de saúde em fazer o boletim de ocorrência ou acionar a polícia, mas sim de dar assistência ao paciente. A polícia só é acionada, segundo a assessoria, quando a vítima é um desconhecido.