lixo eletrônico

Descarte inadequado dificulta a limpeza doméstica

A engenheira ambiental e eco influencer Maria Constantino destaca que para melhorar esse ambiente, cada detalhe faz a diferença

Divulgação
27/09/2019 às 18:43.
Atualizado em 30/03/2022 às 15:30

Computadores, televisões, videogames e câmeras fotográficas. Esses e muitos outros itens podem ser ligados à internet, cujo acesso chega a 70 % dos brasileiros, de acordo a pesquisa TIC Domicílios do último mês. Porém, junto com todo esse material, o seu descarte no Brasil gera cerca de 1,5 milhão de lixo eletrônico por ano, sétimo país do mundo na produção desse resíduo. Maria Constantino é engenheira ambiental e sempre procura adotar um estilo de vida mais ecológico, nas situações mais simples do cotidiano. Ela, que também é eco-influencer e dona do Instagram Maria Virou Eco, diz que devemos nos atentar para cada particularidade que pode fazer a diferença, para minimizar esse desgaste excessivo. “Primeiro, devemos pensar que a categoria de eletrodomésticos, como geladeiras e microondas, também gera lixo eletrônico, ou seja, não pode ser descartado em qualquer local. Além disso, devemos saber o local correto de descarte para todo esse material, geralmente composto de níquel, chumbo, mercúrio e outras substâncias tóxicas, cancerígenas e até letais”.  Quando alguns materiais de tecnologia, principalmente celulares, deixam de funcionar, a tendência é de colocá-los no lixo, pois vem o pensamento de que eles não tem mais nenhum funcionamento. Porém, isso pode ser evitado. “Mesmo que não compense muito, a melhor opção é arrumar algum item eletrônico ao invés de descartá-lo e comprar outro. Caso não seja possível, a melhor alternativa é devolver aos fabricantes o material, pois têm responsabilidade em recolher esses equipamentos e reaproveitar o que pode e reciclar o restante”, explica Maria.  Um celular, além de possuir metais nobres em pequena quantidade, como ouro e prata, também contém elementos tóxicos, principalmente na bateria: chumbo e mercúrio. Descartados, podem contaminar a água e o solo, prejudicando o funcionamento dos rins e alterar o sistema nervoso e até causar câncer. Para evitar esse tipo de situação, Maria diz que há possibilidade de ser traçado um plano sustentável, com dicas simples para serem aplicadas no ambiente familiar.  “Geralmente os lixos eletrônicos que descartamos com maior frequência são pilhas e baterias. Com isso, podemos criar um recipiente em casa, usando uma caixinha por exemplo, e utilizá-lo para acumular esses itens e depois descartá-los de uma vez. Isso incentiva quem frequenta a sua casa a se conscientizar melhor, fazendo com que essas informações tenham um alcance cada vez maior”, finaliza.

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