violência

Dérbi: polícia ouve as testemunhas

Inquérito aberto para apurar circunstâncias de homicídio tem etapa importante a partir desta segunda-feira

Agência Anhanguera
07/05/2018 às 07:29.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:54

Cinegrafista grava circulação de viaturas da PM e GM próximo ao local do crime no bairro São Bernardo, em Campinas, na manhã do último sábado (Dominique Torquato/AAN)

A Polícia Civil abriu inquérito e marcou para este sábado o depoimento das testemunhas da briga entre torcedores de Guarani e Ponte Preta no último sábado, que resultou na morte de um jovem de 18 anos. Os pais e amigos da vítima também prestarão esclarecimento ao Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que espera esclarecer o crime o quanto antes. A confusão ocorreu por volta do meio-dia no bairro São Bernardo, distante do estádio Brinco de Ouro, onde o dérbi campineiro foi disputado no período da noite, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Domingo, foi velado e sepultado o corpo de Leonardo Bernardes, no Cemitério dos Amarais. Dezenas de torcedores com a camisa da Ponte Preta e da Torcida Jovem, principal organizada do time, estiveram presentes na cerimônia. Alguns familiares estavam com uma camiseta com a imagem do garoto, que completaria 19 anos no próximo dia 20. Bernardes tinha três irmãos. A reportagem do Grupo RAC esteve no local, mas não foi autorizada a fazer imagens. Populares relataram que durante o velório um carro teria passado na frente do cemitério e estourado um rojão em sinal de provocação. Bernardes foi baleado nas costas depois que um grupo de pontepretanos tentou invadir a casa de um dos líderes da Fúria Independente, principal uniformizada do Guarani, conhecido como Letinho, que já foi identificado pela polícia e está sendo investigado. A briga generalizada entre as duas facções teria começado na Rua Minas Gerais, onde havia marcas de sangue na calçada e objetos como pedaços de paus e pedras espalhados por todos os lados, e terminado na Rua Alagoas, onde os tiros foram disparados. O SHPP da Polícia Civil já está à procura de câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais próximos às cenas de violência do último sábado. Em grupos do WhatsApp, já circulam alguns vídeos que mostram grupos de torcedores correndo com pedaços de madeira pelo bairro São Bernardo. Nos muros da Emef Geny Rodrigues era possível notar antes mesmo da confusão que a rivalidade das organizadas de Guarani e Ponte pelo bairro já era antiga. Nas paredes, há diversas pichações com os dizeres “TFI” e “TJP”, siglas da Fúria Independente e da Torcida Jovem. No sábado, também antes do dérbi, outra briga entre torcedores deixou um bugrino gravemente ferido nas imediações do Teatro Castro Mendes. Ele foi socorrido no Hospital Municipal Mário Gatti, sem risco de morte. Ao menos durante o jogo nenhum incidente foi registrado. Mais de 300 policiais militares foram escalados para fazer a segurança dentro do estádio e no entorno do Brinco de Ouro, que só contou com a presença de bugrinos, no primeiro clássico da história das equipes com torcida única. Com a vitória da Ponte por 3 a 2, vários torcedores da Macaca foram comemorar na frente do Moisés Lucarelli, a 800 metros do Brinco, depois da partida, mas não houve registro de brigas. 

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