SAÍDA PARA MOGI

DER prevê viadutos para acabar com trânsito

Projeto de R$ 86 milhões inclui dois viadutos e reestruturação viária na Rodovia Miguel Burnier, que apresenta congestionamentos nos horários de pico

Cecília Polycarpo
06/03/2015 às 05:02.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:06
70 mil veículos por dia passam pela Miguel Burnier, um dos gargalos no trânsito em Campinas (Elcio Alves/ AAN)

70 mil veículos por dia passam pela Miguel Burnier, um dos gargalos no trânsito em Campinas (Elcio Alves/ AAN)

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) finaliza um projeto de aproximadamente R$ 86 milhões que deve reestruturar o trânsito na Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier (SPA-135), em Campinas, e promete minimizar o caos viário na região. A via, que liga a Rodovia Adhemar de Barros (SP-340) à Avenida Norte-Sul, é uma das mais movimentadas da cidade - 70 mil veículos trafegam no local diariamente - e passar por ela nos horários de pico é um martírio para moradores da região do Mansões Santo Antônio e bairros próximos.     A obra prevê rebaixamento da pista central da Burnier, eliminação de faróis, construção de vias marginais e implantação de dois viadutos para ligar os bairros Jardim Santa Cândida e Jardim Nilópolis. A expectativa é que o projeto esteja pronto no segundo semestre, quando deve passar por audiências públicas na Câmara, mas não há data para o início e término da obra.   Problemas no trânsito   A área se tornou um dos maiores gargalos do trânsito campineiro, com o crescimento populacional e imobiliário dos bairros Chácara Primavera, Jardim Santa Cândida e Mansões Santo Antônio. A infraestrutura viária não acompanhou a proliferação de prédios e condomínios e pouco foi feito durante os anos para amenizar os efeitos no local. Da forma que está configurado o tráfego no local hoje, moradores do Santa Cândida só conseguem acessar a Rodovia Miguel Burnier por duas ruas que travam em horários de pico, a Rua Jasmim e a pequena Rua Henrique Osvaldo. O acesso entre os bairros cortados pela rodovia também é precário: há apenas um retorno para quem está no Nilópolis e que ir para o outro lado da Burnier, já próximo à altura da Jasmim. No sentido contrário, para quem está no Santa Cândida, existe uma pequena marginal antes da Rua Henrique Otávio. Casas, empresas e faculdades Toda a área, repleta de prédios residenciais, empresas e duas faculdades, a Anhanguera e a Policamp, acumula trânsito pesado. O cruzamento das ruas Jasmin, Luiz Otávio (marginal da Burnier) e da rodovia é um dos piores pontos de congestionamento de carros. Os reflexos são sentidos em diversas ruas, como Lauro Vanucci, Hermantino Coelho, Adelino Martins e João Vedovello. As duas últimas, já no Parque das Flores, são uma das poucas vias que dão acesso à Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp) e travam nos períodos de entrada e saída das aulas da instituição.   A solução proposta pelo DER aos moradores e comerciantes do local, em reunião no final de janeiro, é rebaixar a pista central da Burnier para que sejam feitas dois viadutos que interliguem os bairros, um na altura da Policamp, na Avenida Lafayete Arruda Camargo, e outro em frente à Rua Luís Moretzshon Camargo. A rodovia deixará de ter semáforos e será expressa até a Lagoa do Taquaral. Pára desafogar o trânsito, serão construídas ainda duas marginais.   A reportagem não teve acesso ao teor inteiro do projeto, que segundo o DER ainda sofrerá pequenas alterações, mas o departamento confirmou a construção dos viadutos. Os sentidos, porém, não foram informados. Urgência Apesar do projeto, moradores cobram solução paliativa imediata. O aposentado Aroldo de Oliveira Bícego, de 68 anos, afirmou que a população não pode esperar por uma obra que ainda não tem data para começar. Ele alegou que o trânsito piora a cada e dia protocolou pedido na Empresa de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) para que fosse reaberto um acesso à Burnier, anterior ao acesso da Rua Lauro Vanucci, na Rua Luiz Otávio.   A alça foi feita pelo DER, mas fechada logo depois pelo Ministério Público Estadual, que considerou a entrada para o bairro perigosa. Para Bícego, o ideal é que este acesso fosse utilizado para quem quer entrar no Santa Cândida e o acesso da Lauro Vanucci, mais a frente, para quem quer acessar a rodovia. “Mas o pedido foi negado”, disse.Cronograma Em nota oficial, o DER informou que somente após a conclusão do projeto, o cronograma de obras será definido. A empresa responsável pela execução do projeto é Canhedo Beppu Engenheiros Associados e a obra foi um pedido da Prefeitura e Ministério Público Estadual. Já a Emdec informou que presidente Carlos José Barreiro fez apontamentos no plano, mas não informou quais.

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