IMÓVEL

Depredação de prédio revolta moradores no Botafogo

Local, onde funcionava unidade do Banco do Brasil, agora está fechado e vem sendo ?depenado? por moradores de rua

Alenita Ramirez
alenita.jesus@rac.com.br
24/03/2018 às 09:06.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:22

Só restos: interior do prédio está completamente depredado após seguidos furtos de equipamentos e fiação (Dominique Torquato/AAN)

O abandono de um prédio na Avenida Benjamin Constant, próximo ao cruzamento com a Andrade Neves, no bairro Botafogo, em Campinas, está causando revolta aos moradores de um condomínio e de lojistas nas proximidades. O imóvel era alugado e ocupado pelo Banco do Brasil (BB) desde janeiro de 2004, mas no ano passado, a instituição fechou diversas agências no País, inclusive a unidade da Benjamin Constant. Com a desativação, moradores em condição de rua passaram a furtar objetos de valor do prédio, como ar-condicionado, ferragem, caixas hidráulica, fiação e até uma caixa de água. Além disso, os invasores passaram a dormir em uma sala anexa ao estacionamento e até mesmo em um jardim que fica em frente a antiga agência. "No começo entravam pelo telhado. Depois destravaram e quebraram portas de vidro. Eles (moradores de rua) entravam na caixa de água no estacionamento para se banhar. Como começaram a fazer furtos, os moradores ficaram assustados" , contou o síndico do Condomínio Edifício Ipesp, Roberto Bueno Sobrinho. De acordo com comerciantes e moradores das proximidades, os furtos acontecem a qualquer hora. No interior do prédio, além dos furtos, foi promovido vandalismo. No local há vasilhas de comida e muito lixo. "No final de semana passado, os moradores de rua colocaram fogo em um colchão. Foi preciso chamar o Corpo de Bombeiros. Essa situação é preocupante. A gente não sabe o que pode acontecer ai neste prédio" , disse um porteiro, cujo nome foi preservado. Na última terça-feira, a Guarda Municipal (GM) deteve um catador de reciclado que estava furtando fios no prédio. O suspeito foi levado para o plantão do 1º Distrito Policial (DP), onde foi feito boletim de ocorrência e liberado. O prédio pertence há um aposentado de 80 anos, que é dono de uma mecânica na região do Taquaral e está acamado. Em nota, o Banco do Brasil informou que já efetuou a devolução das chaves do imóvel onde estava localizada a agência, uma vez que não há intenção de reabertura. A desocupação do imóvel está na Justiça. Segundo o advogado da família, Francisco Luiz Maccire Júnior, em junho de 2013 o BB renovou contrato de locação por mais cinco anos, cujo prazo expira em dezembro deste ano, mas não deu satisfação da desocupação. "O banco não avisou meu cliente que tinha fechado a agência e nem fez a devolução da chave. O aluguel foi pago até fevereiro. Meu cliente achava que o prédio estava ocupado e só soube da depredação do imóvel no início deste mês, quando foi notificado pela Justiça. O banco quando foi informado pela polícia da situação em que se encontrava o prédio, o setor jurídico entrou com uma manifestação de entrega da chave na Justiça, só que omitiu as condições que o local se encontra. Meu cliente não pode receber um imóvel depredado. Tem que ser entregue em condições de aluguel" , contou Maccire Júnior. Além da presença de moradores de rua, os moradores do condomínio reclamam também da existência de mosquitos. Em nota, a Prefeitura afirmou que a Guarda Municipal faz rondas periódicas pela região e sempre que há algum flagrante ou situação suspeita age averiguando o caso. "A Vigilância em Saúde (Visa) Leste irá agendar uma vistoria com o responsável pelo prédio e solicitar as adequações em relação aos criadouros do mosquito Aedes aegypti" , informou. A Secretaria de Planejamento e Urbanismo também orienta aos moradores formalizar queixa na Prefeitura, pelo telefone 156 ou no Protocolo Geral, para que assim se possa localizar o proprietário e o notificar para que mantenha o local em condições de segurança, estabilidade e salubridade.

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