EM ALERTA

Dengue vira tema nas salas de aula da rede privada

Atividades voltadas à conscientização são promovidas nas escolas para multiplicar a prevenção

Sarah Brito/AAN
17/04/2014 às 05:00.
Atualizado em 27/04/2022 às 02:07

Educar para multiplicar: essa é a proposta de algumas escolas particulares em Campinas, que integraram na rotina diária o tema da dengue para dentro da sala de aula. Os alunos se tornam pequenos replicadores de como manter a residência limpa e longe do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti. Para isso, várias atividades foram desenvolvidas com as crianças, incluindo fiscalização dos jardins das escolas e rodas de discussão.No Colégio Sagrado Coração de Jesus, no Nova Campinas, os alunos do Ensino Fundamental se tornaram miniagentes de controle ambiental. Eles trabalharam com o folder explicativo da Prefeitura de Campinas, com as ações de prevenção à doença.Entre as atividades estão fiscalização do jardim do colégio, onde havia lugares com acúmulo de água, como plantas e vasos, que podem se tornar criadouros do mosquito. Além disso, foram apresentados vídeos explicativos sobre a dengue, desde o seu surgimento no Brasil até as possíveis ações de prevenção para o surto. “A ideia é que o ensinamento não fique restrito à sala, mas que as crianças levem o que aprenderam para casa e conversem com os pais e a família, para replicar a ação no condomínio, na rua”, disse a professora do 3 ano do Ensino Fundamental Daniela Mariusso.Um dos exemplos é a pequena aluna Sofia Vargas, de 7 anos, que ajuda em casa cuidando do pote dos animais, local que acumula água. Ela tem dois gatos. “Comecei a colocar areia, para não deixar o mosquito colocar ovinhos lá”, disse. Outra ação é lavar com detergente o potinho, higienizando.O Colégio Madre Cecília, no Cambuí, também inseriu nos projetos pedagógicos atividades relacionadas ao combate à dengue. Os alunos fizeram a produção de uma cartilha contendo informações sobre a dengue com jogos e cruzadinhas para o material ser mais interativo.Foram produzidos ainda cartazes e distribuídos no colégio, para informar a todos os colegas sobre o alerta da epidemia. Eles entrevistaram alunos que adquiriram a doença para entender os sintomas — febre alta, dor no corpo e dor de cabeça, geralmente — e a escola organizou com as crianças um teatro abordando os riscos.“As crianças confeccionaram brinquedos com materiais recicláveis que se jogados em terrenos baldios acumulariam água e seriam foco de reprodução de larvas do mosquito e fizemos também um trabalho coletivo para orientá-los sobre a coleta de lixo e limpeza do pátio no horário do intervalo”, afirmou a professora do 4 ano do Ensino Fundamental I Rosemeire Mendes Silveira.A Escola Ser, na Vila Marieta, realizou com as crianças uma mesa de debates, onde discutiram os problemas da doença e o que poderia ser feito para minimizá-las, como virar garrafas de ponta cabeça para evitar a entrada de água. Nas escolas públicas, municipais e estaduais, as ações educacionais também ocorrem e são feitas pelos agentes de controle ambiental da Prefeitura.

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