OURO VERDE

'Dengário' em hospital afeta atendimento em outras áreas

Centro de Testagem e Aconselhamento de pacientes com infecto-contagiosas foi para uma ára menor; Secretaria de Saúde garantiu que a mudança dos usuários de unidade é temporária

Gustavo Abdel
gustavo.abdel@rac.com.br
25/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:34

Pacientes recebem hidratação na nova ala para casos de dengue do Ouro Verde ( César Rodrigues/AAN)

A criação de emergência de uma ala especial para atendimento de pacientes com sintomas de dengue no Hospital Ouro Verde, em Campinas, obrigou a direção a transferir os atendidos do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que trabalha com doenças infecto-contagiosas, para uma área considerada menor e com menos privacidade, segundo relatos de usuários. Os testes de HIV, sífilis e hepatites virais também precisaram ser transferidos para o Centro com a criação do "dengário". A Secretaria de Saúde garantiu que a mudança dos usuários do CTA é temporária, e que em duas semanas deverá entregar um novo espaço dentro do próprio complexo Ouro Verde para o atendimento desses pacientes. Enquanto isso, 1,1 mil pacientes com hepatites B e C que recebem acompanhamentos no hospital foram transferidos para a nova ala, mas a medida não agradou a alguns. Críticas "Nós tínhamos uma sala específica, e agora nos jogaram no meio de todo mundo. É constrangedor, pois temos doenças que muitas vezes são encaradas com preconceito pela sociedade. Na sala onde hoje atende a pacientes de dengue era mais reservado, e amplo também", aponta um paciente de 49 anos, que preferiu não expor a identidade. De acordo com ele, os dois consultórios para exames são apertados e a sala para a coleta de sangue está com divisórias improvisadas com biombos. "Os próprios enfermeiros reclamam que está muito apertado, e que fica ruim até mesmo para a coleta", acrescentou. A reportagem esteve nesta sexta-feira (24)  na sala de espera do novo CTA e o local não estava lotado. Um dos pacientes também questionou se o espaço será definitivo, e reclamou do local de coleta de sangue. "É apertado. Já vi gente se esbarrando e quase derrubando bandeja" , disse. A sala de espera é ampla, e o atendimento desses pacientes é através de hora marcada. Desafogar O objetivo de transferir o CTA para uma outra ala e montar o 'dengário' foi para desafogar o Pronto-Socorro (PS) e diminuir pela metade o tempo de espera. São, em média, 21 mil atendimentos por mês. Antes da epidemia de dengue, o número era de 15 mil por mês. O local, que possui10 leitos, foi pintado e adaptado para a hidratação dos pacientes, tanto oral quanto venal. Com isso, o coordenador do Programa de DST/Aids e Hepatites virais, Josué Lima, informou que com a mudança os testes para aqueles pacientes que utilizavam o Ouro Verde estão sendo feitos temporariamente no Centro de Referência em DST/Aids, na Rua Regente Feijó, 637, no Centro. Mudança apressada O coordenador admite que as mudanças foram um tanto corrida, mas considera o espaço atual do CTA é adequado para o atendimento. "Pode ter havido uma visão isolada de um paciente, e potencializada por algum funcionário do centro. Mas posso garantir que os dois consultórios são bem organizados, fechados, privados. E o salão de espera é grande, arejado e até o momento não tivemos qualquer tipo de reclamação", disse Lima. Sobre o espaço para coleta de sangue o coordenador disse que é provisório, mas que também atende a todos os padrões. Em até duas semanas o hospital entregará um novo espaço para o CTA, que fica próximo ao local onde hoje funciona a ala da dengue. Lima considera que esse novo ambiente irá superar, inclusive, onde funcionava o CTA antes da mudança.

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