Saída de funcionários depois que TCE-SP julgou parceria do convênio irregular, em 2011, aumenta déficit de médicos e outros profissionais da área
Os problemas na saúde têm se agravado desde o final do ano passado, quando começaram a ser demitidos funcionários contratados por meio do convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira. No último dia 13, a Prefeitura concluiu a demissão de todos os trabalhadores — eram 621 —, que exerciam funções em diversas áreas da rede, desde médicos até pessoal de áreas administrativas em postos de saúde e unidades de pronto atendimento. Até agora, eles não foram substituídos.
O encerramento do convênio ocorreu depois que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou irregular, em 2011, a parceria. No entanto, preocupados com o impacto que a demissão dos profissionais causaria na rede, ex-prefeitos protelaram a decisão. O caso foi parar no Ministério Público (MP) e o prazo para as demissões se encerraram em março último.
Parte desses profissionais começou a ser substituído no ano passado por pessoas que aguardavam ser chamadas nos concursos públicos. No entanto, o quadro ainda não foi preenchido por completo. As 200 vagas para médicos ainda estão abertas. Somente metade desse número foi contratada por falta de interesse dos profissionais. Um concurso público e uma nova chamada para médicos estão sendo realizados.
Em audiência na Câmara, no mês passado, o secretário de Saúde, Cármino Antônio de Souza, admitiu que a situação do Cândido é uma de suas maiores preocupações. Ele também alertou para o aumento do número de casos de dengue, principalmente porque as ações preventivas que deveriam ter sido feitas no ano passado ficaram comprometidas pela falta de pessoal.