NICHO

Dell aposta em tablet "de trabalho"

Voltado para clientes corporativos, Latitude 10 já vem formatado para atender a público específico

15/05/2013 às 08:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 16:03
Linha de produção da multinacional mexicana: companhia alega prejuízos seguidos nos últimos 10 anos (Cedoc/RAC)

Linha de produção da multinacional mexicana: companhia alega prejuízos seguidos nos últimos 10 anos (Cedoc/RAC)

A Dell, fabricante de computadores e fornecedora de soluções em TI, começa no segundo semestre aproduzir em Hortolândia o Latitude 10 Tablet- equipamento que é uma aposta da multinacional norte-americanapara ganhar espaço no mercado de tabletsbrasileiro, depois de tentativas anteriores com outros modelos.

O Latitude 10 tem, porém, um diferencial importante: é voltado para o público corporativo, um nicho ainda pouco explorado pelos fabricantes deste tipo de equipamento. Seu custo será entre R$ 1.899,00 e R$ 2.598,00.

A informação foi dada ontem pela empresa, durante as comemorações da inauguração da unidade de Hortolândia.

Para brigar pelo segmento corporativo, a Dell formatou o equipamento ampliando funcionalidades específicas para atender às necessidades dos usuários que utilizam o equipamento para trabalhar.

Sem informar investimento e nem o volume de produção, o diretor-geral da Dell Brasil, Raymundo Peixoto, afirmou que o produto foi lançado recentemente no País e que atualmente está sendo importado.

Há planos para fabricá-lo em Hortolândia, o que diminuirá o custo final e o prazo de entrega - mas o executivo preferiu não falar em números.

“O nosso tablet utiliza o Windows 8 e tem características que não são encontradas em outros aparelhos à venda no mercado. Algumas novidades são a bateria removível e a porta USB”, destacou.

Peixoto disse que o objetivo da Dell é ser líder na venda de tablets para o setor corporativo. Para ele, o peso da marca e a qualidade de seus produtos garantem as chances de conquistar os consumidores, mesmo em um segmento com concorrentes igualmente fortes, como Apple e Samsung.

“A marca Dell é bastante reconhecida pelas empresas. A produção do nosso tablet no Brasil trará ganhos de escala, o que refletirá sobre o custo dos produtos no mercado”, comentou.

O executivo lembrou que a Dell já havia lançado outros modelos de tablets no Brasil. “O mercado local ainda está em formação e consolidação. Há nichos a serem explorados”, disse.

Peixoto comentou que a fábrica de Hortolândia, além da linha de tablets, terá mais novidades a apresentar ainda este ano. “A unidade é produtora de 90% dos equipamentos que comercializamos no Brasil. Há uma gama restrita de produtos que têm um volume pequeno de produção ou para os quais há uma complexidade na fabricação que ainda são trazidos de outras fábricas da companhia”, afirmou o executivo. O Brasil é considerado um dos dez países mais importantes para a Dell no mundo.

A multinacional norte-americana bateu neste ano a casa dos 7 milhões de equipamentos produzidos desde a instalação da fábrica no Brasil. A meta é chegar aos 10 milhões em breve.

“Não temos uma data estipulada, mas queremos atingir a marca o mais rápido possível”, acentuou o diretor-geral. Ele apontou que a marca é forte entre os consumidores corporativos, mas também tem seu espaço entre pessoas físicas. “Temos mais de mil pontos de vendas no País. E é importante chegar também à pessoa física”.

Peixoto afirmou que a companhia atende desde empresas de grande porte até as micros.

“A loja virtual própria facilita o acesso dos pequenos e médios empresários aos nossos equipamentos e serviços. Além da comercialização de produtos, estamos também focando nossos negócios em soluções de TI com um portfólio completo para atendera os nossos diferentes públicos”,revelou o diretor.

ICMS

O diretor-geral da Dell do Brasil afirmou que o fato de o Senado criar alíquotas diferentes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços (ICMS) não é o fator determinante para que uma empresa se instale em uma região que ofereça mais vantagens fiscais. 

O projeto aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, que mantém a alíquota de 12% na Zona Franca de Manaus e reduz para 4% o patamar nas regiões Sul e Sudeste, gerou preocupações no governo paulista de fuga de empresas do Estado, principalmente de alta tecnologia.

“Nós estamos sempre observando oportunidades, mas na instalação de uma fábrica ou linha de produtos sãoavaliados vários aspectos além dos benefícios fiscais. A região de Campinas tem fatores relevantes como oAeroporto Internacional de Viracopos e mão de obra especializada”, disse.

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