eleições municipais

Definição de Rossilho leva crise para o DEM

A definição do nome de Rossilho pelo diretório municipal a pré-candidato do Democratas a prefeito de Campinas em outubro abriu uma crise no partido

Maria Teresa Costa
28/02/2020 às 07:49.
Atualizado em 29/03/2022 às 20:27

A definição do nome de Samuel Rossilho pelo diretório municipal a pré-candidato do Democratas a prefeito de Campinas em outubro abriu uma crise no partido. O vereador Campos Filho, único parlamentar da legenda, anunciou que em março deixa o DEM, acompanhado do vice-presidente da legenda Edgar Diniz, da presidente do DEM Mulher, Solange Leite, e de pelo menos 30 pré-candidatos a vereadores. Todos eles migrarão para o Podemos. A crise interna começou a ser delineada no ano passado, durante o processo de impeachment do prefeito Jonas Donizette (PSB). Campos Filho, contrário à orientação partidária, votou pela cassação, o que levou a executiva da legenda a afirmar que a posição do parlamentar foi uma atitude isolada e que o partido se mantinha na base de apoio ao governo. Em dezembro, o Democratas marcou uma miniconvenção para definir o pré-candidato do partido a prefeito em 2020, que acabou sendo adiada para janeiro, após o vereador entrar com carta de impugnação para que a escolha só ocorresse após os filiados ouvirem os pré-candidatos e a realização de prévias. No estatuto do Democratas, no entanto, não há previsão de prévias. Foi aberto um período de inscrição para o que foi chamado de miniconvenção e dos três pré-candidatos existentes na época — Rossilho, Campos Filhos e Juan Quirós —, apenas os dois primeiros se inscreveram. Rossilho teve 17 votos e o vereador Campos Filho, oito. Juan Quirós vai mudar para o Podemos e deve anunciar essa semana que será o pré-candidato do partido a prefeito. Segundo Campos Filho, sua ida para a nova legenda é porque o partido, assim como ele, tem comportamento de independência quanto ao governo e trabalhará para a formação de uma frente centro-direita visando às eleições. O vice-presidente do Democratas, Edgar Diniz, afirmou que diversos delegados e lideranças da base política dos bairros deixarão o partido e ingressarão no Podemos. “Pré-candidatos que levei para o DEM e membros da executiva acompanharão líder da bancada. Entre 30 e 40 pré-candidatos, inclusive o suplente Eduardo Magoga, décimo sétimo mais votado na última eleição, deixarão o partido”, afirmou. Segundo Diniz, o Democratas tinha um projeto para Campinas, mas houve um alinhamento com o que não mais fazia sentido para o grupo. “Queríamos algo diferente, que trouxesse um novo modelo de gestão para a cidade, mas essa não foi a tendência do Democratas”, afirmou. Para o presidente do DEM e pré-candidato do partido, Samuel Rossilho, está havendo um processo normal na política, mas nesse caso é especial porque segundo ele, “pessoas que não têm propósito na vida e buscam somente o favorecimento pessoal e satisfação pessoal estão de saída”. Ele afirmou que o Democratas Campinas tem coerência nas suas ações, tem posição quando precisa ter posição. “Queremos pessoas que queiram transformar a vida da população”. Estão deixando o DEM, segundo ele, o vereador Campos Filho e seus funcionários (assessores) de gabinete, estão vindo dois vereadores que trabalham e lutam pelos interesses de suas comunidades e 48 pré-candidatos que vivem em função de suas comunidades e que comungam dos propósitos dos Democratas.

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