MORTE NO CAMPUS

Defesa de suspeita de matar estudante pede habeas corpus

Advogados de Maria Tereza Peregrino esperam resposta positiva da Justiça para esta sexta-feira

Luciana Félix
02/10/2013 às 21:36.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:09
Maria Tereza está presa há seis dias ( Leandro Ferreira/AAN)

Maria Tereza está presa há seis dias ( Leandro Ferreira/AAN)

A defesa da atendente Maria Tereza Peregrino, suspeita de matar com uma facada o estudante Denis Papa Casagrande durante uma festa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entrou nesta terça-feira (2) com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A expectativa dos advogados (são quatro) é que até amanhã o órgão tenha uma resposta para a solicitação. Maria Tereza e o namorado, Anderson Marcelino Ferreira Mamede, ambos de 20 anos, estão presos há seis dias. Na segunda-feira, Mamede foi indiciado por participação no homicídio — a atendente já tinha sido indiciada pelo mesmo crime ao ser detida. Ele agrediu a vítima com um golpe de skate na cabeça durante uma confusão. Apesar da polícia ter descoberto que o golpe de Maria Tereza em Denis aconteceu antes da briga, a defesa ainda alega tese de legítima defesa. “Ele foi pra cima dela e ela teve que se defender e acabou o esfaqueando. De fato isso aconteceu antes da briga, mas ela se defendeu de Denis”, afirmou o advogado Felipe Ballarin Ferraioli. O advogado disse também que Maria Tereza negou uma outra acusação feita por uma adolescente de 16 anos que diz ter rompido o tímpano após ser agredida pela acusada. “É absurda essa acusação. Isso não aconteceu. É muito estranha essa história aparecer após dois meses. Ela nega. Não fez isso”, afirmou. A jovem de 16 anos afirmou à polícia que no mês de julho foi até uma chácara onde acontecia uma festa, onde também estava o casal indiciado, e teria sido agredida por Maria Tereza após se negar a dar dinheiro para comprar bebidas e drogas. A vítima perdeu a audição em um dos ouvidos. Nesta terça-feira, uma testemunha que também estava na festa e teria presenciado as agressões contra Denis procurou a polícia. A garota falou com o delegado Rui Pegolo, mas deixou o prédio sem dar entrevista. Ela viu o que aconteceu e não é ligada ao grupo de Maria Tereza e nem do universitário morto. O delegado afirmou que o caso será encerrado amanhã e que continua investigando se há participação de outras pessoas na briga. Estudantes da Unicamp farão nesta quarta-feira (3) uma Assembleia Geral para discutir a entrada da PM no campus, entre outros problemas relacionados à segurança da universidade. A reunião está marcada para as 17h30 e será no saguão do prédio básico em frente ao bandejão próximo ao Ciclo Básico. Veja também Defesa mantém tese e deve entrar com habeas corpus Os advogados da atendente de telemarketing Maria Tereza Peregrino reafirmam que a jovem se defendeu de um assédio Punk também é indiciado por morte de universitário Anderson Marcelino Mamede vai responder pela participação no homicídio de Denis Casagrande Facada no peito matou estudante, aponta laudo Ferimento na transversal do peito é em altura compatível com a da suspeita, de 20 anos Laudo sobre crime na Unicamp deve sair nesta terça-feira Exame do IML vai mostrar causa da morte de Denis Casagrande durante festa na Unicamp Polícia ouve novas testemunhas nesta segunda Depoimentos serão retomados hoje, após casal acusado ser preso Defesa vai recorrer da prisão de jovem suspeita Mamede e Maria Tereza saíram algemados da Delegacia de Homicídios rumo à prisão nesta sexta Universidade vai à polícia para criminalizar evento Unicamp solicitou apuração sobre a venda de bebidas e "entrada forçada" Suspeitos de morte vão para cadeias de Paulínia e Campinas Justiça decretou a prisão temporário de 15 dias de Anderson Mamede e Maria Teresa Peregrino Em coletiva, Unicamp admite que sabia de festa Universidade tinha conhecimento da festa, mas não conseguiu prever a dimensão do evento Mamede diz que feriu a própria perna com faca Anderson Mamede disse à polícia que se cortou para simular uma agressão durante briga com o estudante Denis Papa Casagrande Após morte de estudante, Unicamp abre portas à PM Universidade define com Estado e polícia a atuação da corporação militar dentro do campus

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