Defesa Civil faz alerta para temporal na região

A Defesa Civil de Campinas e região está em alerta para a chegada de uma forte frente fria, que pode provocar ventos fortes e chuva de granizo em todo Estado a partir desta sexta-feira (23). “A Defesa Civil estadual emitiu o alerta por causa dessa frente fria e repassamos para Campinas e região”, afirmou o coordenador regional do órgão, Sidney Furtado.   Segundo a previsão do tempo, a frente fria deve chegar hoje, e são esperadas pancadas de chuva.   Graças ao calor, a chuva pode vir acompanhada de rajadas de vento e descargas elétricas.   De acordo com Furtado, depois de 35 dias sem chuvas, a chegada de uma frente fria traz uma certa “tensão”.   “Estamos atentos para ventos mais fortes. Os funcionários ficam de sobreaviso e restringimos as folgas. O perigo maior é na chegada da frente, hoje”, afirma. Por conta dessa previsão, os funcionários da Defesa Civil podem ter as folgas nos próximos dias remanejadas. “Além disso, todos os outros órgãos da Prefeitura foram comunicados”, comentou Furtado. A frente fria que se desloca do Sul do País e chega hoje irá baixar as temperaturas em até 6°C.   A sensação de frio será agravada pela chuva e o vento que são esperados.   De acordo com a previsão do tempo feita pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), as chuvas podem ser fortes e virem acompanhadas de temporais com queda de granizo.   Amanhã, o tempo permanecerá nublado com chuvas eventuais. Domingo a nebulosidade continua diminuindo, e na segunda-feira poderão ocorrer pancadas de chuva novamente. É esperada uma temperatura abaixo dos 13°C.   Ontem, o campineiro foi surpreendido no meio da tarde por uma chuva que aliviou o tempo seco que vinha castigando a cidade há mais de 35 dias. “Essa chuva foi super benéfica principalmente para aliviar a baixa umidade do ar e a sensação de tempo seco”, disse.CantareiraA chuva de ontem, aliás, não provocou nenhuma melhora no Rio Atibaia (foto), de onde Campinas capta água para o abastecimento de 95% da população. Segundo a rede telemétrica que monitora quantidade de chuva e vazão do rios das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiai (PCJ), até as 18h havia chovido 5,8 mm na área de captação da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) e a vazão do rio chegou a 6,69m3/s no fim da tarde, abaixo dos 7,79m3/s que registrou às 8h.Enquanto isso, o volume de água armazenada no Sistema Cantareira continua caindo. Ontem o sistema operou com 21,5% da capacidade, armazenando 248,9 milhões de metros cúbicos, já computada a água do volume morto que está sendo retirada desde a semana passada.O baixo volume de água que está entrando no sistema já indica que a estiagem de maio deverá bater recorde histórico.   Ontem entraram apenas 0,80m3/s nos reservatórios Jaguari-Jacareí, Cachoeira e Atibainha, que formam o chamado Sistema Equivalente, o que equivale a 2% da média histórica do mês e a 4% da mínima histórica do mês. Campinas ainda aguarda a possibilidade de conseguir, junto aos órgãos gestores do Cantareira, a garantia de uma vazão mínima de 5m3/s no ponto de monitoramento mais próximo de sua área de captação, para que a cidade não tenha que entrar em rodízio de fornecimento. O limite de vazão no Rio Atibaia para evitar o racionamento é de 4m3/s.   Veja também Após um mês de estiagem, volta a chover em Campinas Intensa frente fria está se deslocando do Sul do país, provocando pancadas e trazendo frio A água e a cidadania na rotina diária A agonia do rio Camanducaia As pedras que normalmente estariam debaixo da água estão à mostra e a vegetação da margem avança Crise do Cantareira já afeta comerciantes Compra de caixas maiores e de caminhões-pipa já são gastos extras devido baixo nível das represas Valinhos chega a 100 dias de rodízio População guarda água e economiza para enfrentar período de seca; restrição deve ser ampliada