Prefeito inicia processo público para custear mais acomodações à terceira idade em instituições de longa permanência
Novas vagas abertas pela Prefeitura significa um crescimento de 54% na oferta de acolhimento para a população com mais de 60 anos. (Divulgação)
A Prefeitura de Campinas abriu um chamamento público para a criação de mais 70 vagas municipais em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Isso significa um crescimento de 54% na oferta de acolhimento para a população com mais de 60 anos. O município dispõe, até então, de 130 vagas para esse público.
Segundo a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, a pontuação e a classificação das propostas serão publicadas no Diário Oficial no dia 16 de agosto. Após o julgamento dos recursos, a homologação com as vencedoras deve ser definida no dia 30 do mesmo mês. De acordo com o chamamento público, a remuneração mensal para as entidades será de R$ 22.942,59 por um contrato de 12 meses para cada grupo de até cinco usuários moradores da ILPI.
"Temos de fortalecer o Sistema Único de Assistência Social e iniciativas como essas permitem atender a essa crescente demanda por vagas", afirmou o prefeito Dário Saadi (Republicanos), durante transmissão nas redes sociais.
A acolhimento é para pessoas a partir de 60 anos com diferentes necessidades e graus de funcionalidades, em situações de negligência familiar ou institucional, sofrendo abusos, maus tratos ou outras formas de violência ou com perda da capacidade de autocuidado.
Atualmente seis entidades trabalham em parceria com a Prefeitura na manutenção das 130 vagas. Deste total, 47% são mulheres e 53% são homens. O novo chamamento das 70 vagas também serão geridas por outras seis instituições. "Estamos encerrando o Junho Violeta com esse anúncio, pois sabemos a importância da política pública para valorizar e dimensionar a importância dessas datas", afirmou. A iniciativa implicará um investimento de R$ 4,3 milhões, sendo R$ 3,5 milhões do Fundo Municipal de Assistência Social e R$ 800 mil do Fundo Municipal da Pessoa Idosa de Campinas.
Um estudo realizado pelo Observatório PUC-Campinas sobre a transição demográfica na Região Metropolitana de Campinas (RMC) mostra um processo acelerado de envelhecimento da população até 2040. O número de pessoas com mais de 60 anos dobrou em duas décadas e pode ser quase a metade da população adulta em 2040.
As cidades da Região Metropolitana de Campinas tinham a relação em 2000 perto de 10 idosos para cada 100 pessoas. Porém, este número se aproximou de 20 idosos, em 2020. Para 2040, a previsão é de 41 idosos a cada 100 pessoas.
Campinas tem atualmente 150 instituições cadastradas como ILPI. Em 2015, o número era 90, o que significou um crescimento de 67%. O motivo da expansão se dá pelo aumento da expectativa de vida da população e as dificuldades econômicas de se manter de modo apropriado idosos nas casas das famílias.
A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Ismênia Aparecida dos Santos Oki, explicou que acompanha todo o processo de trabalho e acredita que a ampliação responde ao fortalecimento da rede de proteção da pessoa idosa. "Essa parceria vê a destinação dos recursos de fato respondendo na proteção social das pessoas em cada região. Esta demanda vai atender aos idosos que passam por situações que precisam de aporte", afirmou.