PANDEMIA

Dário e prefeitos da RMC pedem reabertura de bares

Solicitação é para que o governador João Doria permita o funcionamento para salvar empregos

Raquel Valli/ Correio Popular
29/01/2021 às 13:06.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:51
Clientes se re?nem em boteco: infectologista apela para que as pessoas mantenham distanciamento social (Importação)

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Pelo menos 11 prefeitos da Região Metropolitana de Campinas, entre eles Dário Saadi, pediram ontem ao governador João Doria (PSDB) a flexibilixação de bares e restaurantes. A informação é do prefeito de Vinhedo, Dr. Dario Pacheco (PTB). "Vamos solicitar a reavaliação da Fase Vermelha de tal forma que possa diminuir um pouco o prejuízo dos nossos comerciantes e melhor atender a nossa população, que precisa dos serviços".

O pedido é para que os estabelecimentos possam permitir a entrada dos clientes até as 20h e o consumo até as 22h. E, aos finais de semana, especialmente aos sábados, que possa abrir pelo menos das 12h às 13h. "Quando você proíbe um bar, um restaurante, pode ser que haja uma festa clandestina amontoada de gente", afirmou.

Unidos, os prefeitos elaboraram um documento, que seria enviado digitalmente ao governador. "Esperamos que possivelmente amanhã (hoje), em torno das 13h, quando Doria se pronuncia, que ele libere a nossa região. É uma socilitação que não sabemos se será atendida, mas vamos aguardar, e esperar que o governador nos favoreça nesse sentido", acrescentou Pacheco.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC), Matheus Mason, o movimento de união dos prefeitos é extremamente importante e está alinhado com tudo que a entidade vem defendendo sobre as mudanças no Plano São Paulo.

"Este movimento é muito bem visto para sensibilizar o governador de que todos, empresários e trabalhadores, precisam trabalhar para pagar suas contas. Estamos empenhados para que o Estado revise a região de fase ainda esta semana, permitindo a abertura dos bares e restaurantes de forma segura e seguindo todos os protocolos".

Entre os prefeitos que assinaram o documento, encontram-se: Ângelo Perugini (PSD), de Hortolândia, Chico Sardelli (PV), de Americana,Dr. Thomas (PMDB), de Itatiba, Dr. Dario Pacheco (PTB), de Vinhedo, Gustavo Reis (PMDB), de Jaguariúna, Junior Felisbino (PP), de Cosmópolis, Leitinho (PSD), de Nova Odessa, Lucas Sia (PSL), de Artur Nogueira, Lucimara Godoy (PSD), de Valinhos, Marquinho de Oliveira (PSD), de Morungaba e Rafael Piovezan (PV, de Santa Bárbara d'Oeste.

Na quarta-feira (27), o prefeito de Campinas Dário Saadi (Republicamos) encaminhou um ofício ao governador solicitando a flexibilização já para este fim de semana.

Ainda de acordo com o documento, a medida "auxiliaria muito na manutenção de empregos de profissionais do setor de comércio, alimentação e prestação de serviços".

O chefe do Executivo informar ainda a Doria que a rede municipal de saúde de Campinas, que conta atualmente com 90 leitos teve a ampliação de mais 15 leitos de UTI exclusivos para atendimento de pacientes com covid-19, chegando a um total de 105 leitos apenas no SUS Municipal, fora 17 leitos da rede estadual e os da rede particular. 

Movimento

Um movimento liderado pela Associação de Bares, Restaurantes e Similares de Campinas (Abresc) está mobilizando o setor na cidade para abrir os estabelecimentos durante este final de semana, mesmo Campinas estando na Fase Vermelha do Plano São Paulo de combate a covid-19, a mais restritiva das medidas adotadas pelo governo do Estado contra o avanço do coronavírus.

A decisão saiu após uma reunião anteontem, e até ontem já havia recebido a adesão de mais de 350 estabelecimentos da cidade, no qual ficou decidido que todos irão abrir seguindo as orientações da Fase Amarela, que perdurou até o último final de semana na cidade. Conforme o Plano São Paulo, todo Estado está na Fase Vermelha nos dois próximos sábados e domingos (dias 30, 31, 06 e 07), quando é permitido apenas o funcionamento dos serviços essenciais.

De acordo com o presidente da Abresc, Wendell Alves, foi protocolado ontem um ofício na prefeitura informando sobre a decisão, e hoje está previsto o ingresso de uma ação civil pública na Justiça pleiteando uma liminar para que a prefeitura flexibilize o Plano São Paulo no município, avançando para a Fase Amarela, o que daria permissão legal da categoria exercer suas atividades.

"O que estamos querendo não é desobediência é sobrevivência", disse.

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