O deputado estadual Dirceu Dalben concedeu entrevista exclusiva ao Correio Popular, a convite do presidente-executivo do jornal, Ítalo Hamilton Barioni (Rodrigo Zanotto)
A solução para a escassez de leitos destinados a pacientes que demandam tratamentos de média complexidade está prestes a ser concretizada por meio da alocação de 400 leitos ociosos, tanto na rede pública quanto na privada, pelo governo estadual. "Estou muito confiante de que, até o encerramento deste ano, teremos uma solução efetiva para as questões relacionadas à saúde", afirmou o deputado estadual Dirceu Dalben (Cidadania), que recentemente abordou o tema em uma discussão com o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva. Essa declaração foi feita durante uma entrevista concedida a convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni.
Segundo o parlamentar, a estratégia mais ágil para aliviar a sobrecarga do Hospital de Clínicas da Unicamp é a contratação de leitos ociosos, possibilitando que a instituição retome seu foco original: o atendimento de alta complexidade. Embora o deputado não descarte a construção do Hospital Regional, ressalta que essa empreitada demandaria até quatro anos. No momento, a prioridade é assegurar o acesso ao tratamento para a população.
Dalben se prepara para enfrentar mais um desafio político ao se lançar como pré-candidato a prefeito de Paulínia. Durante a discussão de suas propostas para a cidade, ele destaca a convicção de que o município possui potencial para se destacar mundialmente. Essa análise é respaldada por sua sólida experiência de 30 anos na esfera política, incluindo três mandatos como vereador em Sumaré (1993, 2013 e 2017), duas vezes eleito prefeito da cidade (1997 e 2004), presidência do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (2003 e 2004) e atualmente cumprindo seu segundo mandato como deputado estadual.
Poderia compartilhar um pouco sobre sua história?
Nasci em Campinas, assim como meus pais. Minha mãe, dona Dirce Pinto Dalben, e meu pai, Luiz Dalben, cujo nome também foi dado ao meu filho. Os avós dos meus pais eram italianos e estabeleceram residência às margens do que hoje conhecemos como Rodovia Dom Pedro I. Meu pai, o filho mais novo, casou-se e deu origem ao meu irmão mais velho. Em certo momento, devido a problemas de saúde, relacionados à chamada "fogo selvagem" na época (uma espécie de dermatite) os médicos aconselharam meus pais a deixarem a propriedade rural. Eles suspeitavam que algum produto agrícola pudesse estar agravando a condição do bebê. Assim, meu pai vendeu sua parte para os irmãos e mudou-se com a família para o bairro do Taquaral. Ele trabalhava em uma fábrica de fogões e sofreu um acidente com um botijão de ácido, falecendo aos 36 anos, quando eu tinha apenas 1 ano de idade. Consequentemente, não tive a oportunidade de conhecer meu pai. Minha mãe ficou viúva, com três filhos pequenos e grávida do caçula. Ela optou por alugar casas no Taquaral, que ofereciam um aluguel mais vantajoso, e transferiu-se para o Jardim São Marcos. Realizei meus estudos primários na Escola 31 de Março, no bairro de Santa Mônica. Nessa fase, minha mãe começou a vender roupas, adquiridas em São Paulo, revendendo-as aqui. Eu, por minha vez, comercializava nas ruas do São Marcos as verduras cultivadas em nosso quintal. À medida que cresci, trabalhei na colheita de algodão em uma fazenda, onde hoje está localizada a Ceasa. Quando me tornei rapazinho, passei a trabalhar em uma farmácia do bairro, onde fazia de tudo.
Foi aí que o senhor descobriu seu interesse pela farmácia?
Quando completei 17 anos, minha mãe, visando ajudar meus irmãos, tomou a decisão de vender as propriedades e destinar o dinheiro a eles para que pudessem começar suas vidas. Como havia dois menores, eu e minha irmã, o juiz determinou que o dinheiro destinado a nós fosse depositado em uma poupança. Nessa época, surgiu a oportunidade de adquirir uma casa por parte do Luiz, meu patrão na época. Ele alegou não ter recursos para a compra e indicou-me como possível interessado. O valor era de 700 mil cruzeiros, montante que eu havia recebido como herança. O juiz autorizou o uso desse dinheiro para a compra da casa. Na ocasião, Luiz comentou sobre meu potencial empreendedor e visão de negócios. Três meses após a aquisição, vendi a propriedade por 1,4 milhão. O genro do vizinho dessa casa mostrou interesse e ofereceu 1 milhão, pois desejava residir próximo ao sogro. Paralelamente, meu patrão estava vendendo a farmácia para estabelecer uma nova no São Marcos, bairro vizinho. Ele propôs que eu me tornasse sócio na transação, autorizando a venda da casa por 1,4 milhão e concedendo-me a escritura de emancipação. Assim, tornei-me sócio na farmácia, adquiri um Fusquinha 1300L seminovo e ainda reservei dinheiro para depositar na poupança. Permaneci como sócio por aproximadamente um ano, vendendo então minha parte para ele. Decidi abrir minha própria farmácia no Matão, em Sumaré. Muitos residentes de Santa Mônica e São Marcos compraram terrenos quando abriram o loteamento no Matão, frequentando meu estabelecimento para suas necessidades. Luiz, meu ex-patrão, sugeriu que eu montasse a farmácia lá, e assim surgiu minha empreitada solo. Deus me abençoou abundantemente, permitindo-me ganhar dinheiro, conhecer minha esposa (pois o pai dela tinha uma loja de material de construção nas proximidades), e construir minha casa nos fundos da farmácia. Residi no bairro por 38 anos.
Esse contato tão próximo com a comunidade foi o que o inspirou a ingressar na política? Imagino que, no balcão da farmácia, você ouviu muitas histórias e atendeu a diversas demandas da população.
Quando me mudei para o Matão, não tínhamos asfalto, rede de esgoto ou água encanada. O transporte se resumia a um ônibus para Campinas pela manhã e outro à tarde. Já casado e morando lá, com o nascimento dos filhos, enfrentamos muitos desafios. Uma frase da minha esposa ficou gravada em minha memória. Ela disse: "Ou a gente trabalha para mudar o Matão ou a gente se muda daqui". Nesse período, meu sogro era vereador. Eu também me candidatei e fui eleito vereador, posteriormente tornandome prefeito como proprietário de farmácia. Fui o primeiro prefeito a alcançar a reeleição. Durante nossa gestão, deixamos Sumaré com uma cobertura de 85% de rede de esgoto, 95% de ruas asfaltadas e um atendimento de saúde com um posto 24 horas. Transformamos o Matão e outros distritos em verdadeiras cidades, com a introdução de agências bancárias e grandes supermercados. Ao lado da minha esposa, cumpri o compromisso de lutar pelo bem da comunidade. Ela desempenhou um papel fundamental, mesmo não sendo candidata, atuando nos bastidores. Você questionou se foi isso que me levou à política. Em 2016, eu e meu filho participávamos de uma reunião com empresários para apresentá-lo como pré-candidato a prefeito de Sumaré. Ele era jovem, eleito vice aos 22 anos, e se preparava para concorrer à prefeitura aos 25. Durante essa reunião, um senhor expressou surpresa por um pai envolver o filho em algo assim, questionando se não sentia vergonha de colocálo nesse cenário. Respondi que a motivação tanto para mim quanto para meu filho na política era cuidar do nosso povo. A política, em si, é uma ferramenta positiva; o problema são as pessoas de bem que evitam ingressar nesse campo, perpetuando a visão negativa. Naquela época, o senhor que havia questionado tornou-se o maior investidor da campanha. Ao final da reunião, pediu desculpas, trocamos um abraço e tornamo-nos amigos, mantendo contato até os dias atuais.
O deputado estadual Dirceu Dalben defende que a prioridade é assegurar o acesso ao tratamento para a população, mas não descarta construção de novo hospital (Divulgação)
As experiências no Legislativo e no Executivo municipal desempenharam um papel crucial no seu desempenho como deputado estadual?
Sim. Ao vivenciar ambos os lados, aprendi que as questões mais prementes estão nos municípios. Com base nessas experiências, eu e minha equipe buscamos estreitar os laços com os municípios e seus representantes, visando agilizar o atendimento. Foi assim que surgiu a ideia do gabinete itinerante. Há ocasiões em que precisamos até mesmo elaborar projetos para essas prefeituras. Em uma cidade, por exemplo, tínhamos que construir uma ponte no valor de R$ 3 milhões, que o Estado se comprometeu a financiar. No entanto, o dinheiro não saía porque o projeto ainda não havia sido licitado, e o prefeito não dispunha de R$ 300 mil para custear essa etapa. Fomos até o proprietário de uma usina, que precisava da ponte para escoar sua produção. O empresário doou o projeto, e a ponte foi construída.
Como o senhor aborda os desafios enfrentados pela Região Metropolitana de Campinas (RMC)? Uma das principais necessidades é a construção do hospital regional. Como o senhor pretende lidar com essa demanda?
Uma prioridade em discussão é a criação do Hospital Regional, uma vez que precisamos abrir 400 vagas de média complexidade para aliviar a sobrecarga do Hospital de Clínicas da Unicamp. Este último atende não apenas as 90 cidades da Região Administrativa de Campinas, mas também pacientes de outros Estados. Apresentamos um projeto que propõe a construção de um novo hospital no espaço da Unicamp. Contudo, essa iniciativa requer a contrapartida do governo estadual. A proposta inicial contemplava a participação do SUS com 40%, a expectativa era que o Estado de São Paulo contribuísse com outros 40%, enquanto os 20% restantes seriam divididos entre os prefeitos da Região Administrativa. No entanto, surgiram impasses quando o Estado condicionou sua participação a 30%, o que os prefeitos argumentaram não ser viável, considerando a impossibilidade de arcar com 30% das despesas, dadas as obrigações decorrentes do pacto federativo. É importante observar que a responsabilidade dos municípios recai sobre a rede básica de saúde, que já representa um investimento considerável. Assuntos de média e alta complexidade são, por natureza, responsabilidades do Estado e da União. O projeto de construção do hospital está orçado em R$ 300 milhões, sendo necessário um adicional de R$ 300 milhões anuais para custeio.
E quanto à situação do Hospital Regional?
Com a chegada de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo, estamos abordando essa questão de uma maneira diferente. Na semana passada, juntamente com o prefeito de Sumaré, Luiz Dalben, estive em conversa com o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, para discutir o tema. Eleuses iniciou um estudo para avaliar a quantidade de leitos ociosos na região, indagando se a prioridade era o leito ou o hospital em si. Eu enfatizei que o crucial para nós é o atendimento, é zerar a fila da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde). Se a solução envolver a construção de um novo prédio, a desapropriação de uma estrutura antiga ou a utilização do que já está disponível, tanto faz. Minha preocupação é garantir atendimento humano eficaz. O estudo aponta para a regionalização da saúde, fazendo uso do considerável número de leitos ociosos. A essência é que o Estado contrate e pague por essas vagas. Na reunião, Eleuses indicou que o estudo está quase concluído. Ele enfatizou que, no momento, construir um hospital não é a opção ideal, pois isso levaria de dois a quatro anos. Contudo, a necessidade imediata é de leitos. Ele propôs a incorporação de novos leitos ao sistema sem a necessidade de construção, apenas contratando serviços, deixando claro que a ideia do hospital não está descartada, mas, para resolver no curto prazo, a abordagem seria utilizar os leitos existentes, tanto públicos quanto privados. Estou otimista de que até o final do ano teremos uma solução para a questão da saúde.
Por qual motivo o senhor decidiu mudar-se para Paulínia, considerando o histórico do seu trabalho político, que por muito tempo foi centrado em Sumaré?
Por estarmos situados em uma região conurbada, ser deputado nos permite vivenciar o cotidiano de diversos municípios que se interligam. Em razão de ter sido eleito o deputado estadual mais votado em Paulínia, fui honrado com convites de diversos amigos, correligionários e membros da comunidade para concorrer ao cargo de prefeito na mesma cidade. Este grupo reconhece a qualidade do trabalho que realizei em Sumaré, uma cidade com 300 mil habitantes, caracterizada por desafios significativos e um orçamento bastante restrito. Agora, ao me dedicar a Paulínia, uma cidade com aproximadamente 100 mil habitantes e um orçamento três vezes superior ao de Sumaré, conto com nossa experiência acumulada, as relações estabelecidas nos âmbitos estadual e federal, bem como as parcerias com prefeitos da região. Essas conexões e recursos, somados à confiança do grupo, indicam a possibilidade de realizarmos um trabalho tão eficiente quanto o executado em Sumaré. Diante deste cenário, já fiz a parte legal ao alterar meu domicílio eleitoral. Atualmente, estou imerso em um trabalho de pesquisa para compreender as necessidades específicas de Paulínia, visando a elaboração de um plano de governo consistente. Embora mantenha meu escritório político em Sumaré, estou prestes a inaugurar outro em Paulínia, reforçando meu compromisso com ambas as comunidades. Desde já, é possível afirmar que, considerando a robusta arrecadação de R$ 2,5 bilhões e uma população de 100 mil habitantes, Paulínia possui potencial não apenas para ser reconhecida como a melhor cidade do Brasil, mas do mundo.
Como o senhor enxerga o futuro de Paulínia?
Nos próximos dez anos, a cidade enfrentará desafios decorrentes da reforma tributária, prevendo uma redução na arrecadação. Para contornar essa situação, torna-se imperativo diversificar as fontes de receita. Apesar de ser reconhecida como o principal polo cinematográfico do país, Paulínia atualmente se depara com um cenário de estagnação. O magnífico e outrora proeminente teatro encontra-se em estado de abandono. Da mesma forma, o teatro arena, que já foi palco de eventos como o Carnaval, hoje repousa em decadência, privando a região de sua riqueza cultural. Um dos alicerces do meu plano de trabalho consiste em fortalecer a logística local. A implementação de um terminal ferroviário e um porto seco na divisa entre Sumaré e a Anhanguera será um marco crucial para fortalecer não apenas Paulínia, mas também Sumaré, Hortolândia, Campinas e Nova Odessa. Essa iniciativa visa estabelecer uma extensa malha logística, facilitando o escoamento eficiente de mercadorias. Além disso, pretendo atrair a indústria do entretenimento e lazer, uma fonte de receita significativa que, ao contrário de muitas outras, não apenas não polui, mas também gera empregos e renda. Outra prioridade é otimizar os recursos existentes. No setor da saúde, constatamos reclamações sobre a sobrecarga do sistema de Paulínia devido à procura de pessoas de outros municípios. Para resolver esse problema, planejo estabelecer parcerias com a iniciativa privada para o hospital de Paulínia, permitindo atendimento a convênios e, assim, gerando receita que pode ser canalizada para atender o Sistema Único de Saúde (SUS). Para os cidadãos de Paulínia, será criado o Cartão do Cidadão de Paulínia, possibilitando atendimento em clínicas particulares, consultórios e laboratórios, com os custos suportados pelo município.
Dalben cumprimenta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Divulgação)
Como estão se desenvolvendo as conversações com as lideranças políticas de Paulínia?
Tenho buscado estabelecer um diálogo aberto com todos, visando aplicar minha experiência em prol de uma gestão que transforme Paulínia em uma cidade ainda mais agradável de administrar. Até o momento, não conto com o apoio do Edson Moura, compreendendo que ele tem o compromisso da candidatura de sua esposa, Nani, que já concorreu duas vezes e a quem respeito profundamente. Estamos empenhados em unir as pessoas em torno de um projeto que beneficie Paulínia. Mantemos conversações com diversos segmentos da sociedade, em um esforço conjunto para construir consensos. Espero que, no momento adequado, Edson Moura possa se manifestar, unindo esforços em direção a um objetivo comum. O mesmo se aplica ao atual prefeito, Ednilson Cazelatto, caso me conceda a oportunidade de dialogar com ele. Acredito que a vitória pertence a Deus e ao povo de Paulínia. O que afirmei para Sumaré é válido para mim também. Se, no futuro, esse grupo convergir e decidir que outro nome é mais adequado, estou disposto a colaborar, desde que esteja alinhado com o projeto e as boas ideias que temos para Paulínia sejam incorporadas ao plano de governo.
O senhor também exerceu a presidência do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas?
Sim, presidi entre 2003 e 2004. Em 2004, ocorreu a renovação da outorga do Sistema Cantareira, concebido nos anos 1970 durante o regime militar. A outorga, que durou 30 anos, não concedeu nenhum direito aos municípios da região, priorizando exclusivamente o abastecimento da Grande São Paulo. Na renovação, que seguia a mesma lógica de 30 anos sem direitos para os municípios, levantei a questão como presidente do Conselho de Desenvolvimento. Em uma reunião no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas, confrontei as teses dos técnicos estaduais e federais. Argumentei que a renovação deveria ser por dez anos, revisada anualmente e com participação dos prefeitos. Conseguimos aumentar a vazão para a região e implementar o banco de água, que armazena o excesso de água durante as cheias para ser liberado durante os períodos de seca. Os prefeitos apoiaram essa ideia, e a proposta foi aprovada. Tive também um embate feio com o governo estadual em outra ocasião, quando propus a instalação de pedágios em todas as entradas das cidades da região nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes para evitar a evasão dos pedágios existentes. Além disso, trabalhamos pela valorização do Aeroporto de Viracopos. A RMC foi a pioneira na implantação da Agenda 21 local, comprometendo-se com a proteção das nascentes, o plantio de árvores e a recuperação da mata ciliar. Avançamos significativamente nas questões ambientais.
Como está progredindo o seu trabalho na criação da Frente Parlamentar de Apoio ao Transporte Ferroviário?
Sempre busquei compreender por que o Brasil abandonou a matriz de transporte ferroviário. A concessão da malha na região à ALL não teve sucesso, e recentemente foi vendida para a Rumo, demandando investimentos urgentes. No Tribunal de Contas da União, surgiu o debate sobre renovar a outorga ou realizar uma nova licitação. Argumentamos que esperar cinco anos até o vencimento do contrato e, em seguida, realizar uma nova licitação, significaria perder pelo menos mais uma década para implementar as obras necessárias. Defendemos a proposta do atual governador, à época ministro da Infraestrutura, Tarcísio, de renovar por mais 25 anos para a Rumo em troca de contrapartidas. Durante uma audiência pública em Brasília, o ministro do TCU, Augusto Nardes, relator do caso, propôs que a Rumo realizasse melhorias na malha ferroviária em 40 municípios do Estado de São Paulo, um investimento de R$ 1 bilhão para relocar a linha férrea e aumentar a segurança. O parecer favorável à renovação da outorga em 2020 foi condicionado a esses investimentos municipais. Como deputado estadual, participei ativamente dessa iniciativa, defendendo a renovação da outorga, com as obras a cargo da iniciativa privada. Recentemente, testemunhei o primeiro viaduto construído na região de São José do Rio Preto, no município de Bálsamo, resultado desse esforço. Esse projeto não só possibilitará trens mais rápidos e vagões maiores, dobrando a capacidade de transporte, mas também aliviara o tráfego na região. Na outorga, incluímos a necessidade de adaptar a malha ferroviária para retomar o transporte de passageiros, viabilizando o projeto do Trem Intercidades São Paulo-Campinas, com planos de expansão até Americana, Santa Bárbara d'Oeste. Durante as discussões, o secretário estadual de Parcerias em Investimento, Rafael Benini, apresentou a possibilidade de incluir o VLT, Veículo Leve sobre Trilhos, conectando Campinas, Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa e Americana.
Com tantas responsabilidades, ainda encontra tempo para cultivar um hobby?
Acredito que quando fazemos o que amamos, o trabalho se torna prazeroso e gratificante. Atualmente, meu grande deleite é ser avô de um casal encantador, Alice, com seus 4 anos, e Luizinho, de 3. A experiência de ser avô é verdadeiramente maravilhosa. Nos fins de semana, nossa família se reúne no pequeno sítio que meu sogro possui em Itatiba, proporcionando momentos especiais. Além disso, tenho o prazer de dedicar parte do meu tempo ao saxofone, um instrumento que aprecio profundamente. No entanto, minha escolha musical se concentra em hinos religiosos, uma forma significativa de expressar meu gosto musical enquanto compartilho experiências espirituais.
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