Parentes e amigos limpam e preparam as sepulturas para a visitação e a celebração especiais
Centenas de pessoas foram ontem aos cemitérios de Campinas para cuidar dos túmulos na véspera do Dia de Finados. Serviços como lavagem das sepulturas, limpeza no entorno, arrumação de vasos e polimento nas placas deixaram tudo pronto para a visitação. “Todo ano a gente vem aqui um dia antes para cuidar do túmulo. Limpamos tudo. Amanhã traremos flores e sempre fazemos uma oração em homenagem aos nossos familiares”, disse o aposentado Luiz Carlos Tavares, de 61 anos, que estava acompanhado da irmã, a assistente social Deise Tavares, de 55 anos. De acordo com levantamento da Serviços Técnicos Gerais (Setec), na semana do Dia de Finados, aumenta o movimento nos três cemitérios municipais (Saudade, Sousas e Nossa Senhora da Conceição). Para este ano, a autarquia estima a visita de cerca de 150 mil pessoas. A maior concentração é esperada para hoje, com expectativa de 100 mil pessoas nos três cemitérios. No ano passado foram aproximadamente 130 mil pessoas. O Cemitério da Saudade conta com 38 mil túmulos. No de Sousas são 3,2 mil e no Nossa Senhora da Conceição (Amarais), 35 mil sepulturas. “Todo ano eu visito os túmulos de meus familiares. Já faz parte da minha rotina. Hoje, visito os túmulos dos meus tios, primos e meus pais aqui no Cemitério da Saudade. Amanhã visito os de um casal de primos e de amigos no Cemitério Flamboyant. Aqui eu olho as datas que eles nasceram e morreram e fico relembrando quando vivíamos juntos", disse o aposentado José Rivaben, de 85 anos. Além de parentes, o Cemitério da Saudade também recebe visitantes que vão lá para observar as obras de arte e túmulos históricos. A professora de italiano Carmen Caruso, de 58 anos, é um deles. Apaixonada por anjos, Carmen buscava entre as dezenas de imagens do local, a mais adequada para postar em sua rede social. "Anjos simbolizam o bem. Deu vontade de fazer uma foto bacana e compartilhar. Os anjos representam a vida e a morte e eles protegem nossos entes queridos. É uma boa simbologia para esta data", disse a professora, que tinha o mesmo hábito quando vivia em Roma, na Itália. "Sempre vou ao cemitério na véspera porque é mais tranquilo", explicou.