CS fecha após funcionária ser agredida e ameaçada de morte

O Centro de Saúde da Vila Boa Vista ficou fechado nesta segunda-feira (30) após a agressão de três usuários a uma funcionária do posto, durante a coleta de exame de um deles, de manhã. O procedimento ao qual o agressor seria submetido não foi revelado para manter a privacidade do paciente. Dois dos agressores, um homem e uma mulher, foram levados por guardas municipais e policiais militares para o 8º Distrito Policial, na Vila Padre Anchieta. Eles foram ouvidos e liberados. Uma terceira pessoa que participou da ação, também um homem, fugiu, prometendo voltar armado e ameaçando a funcionária de morte. Além da agressão, houve tentativa de vandalizar o prédio público.A confusão aconteceu por volta das 8h durante a coleta de um exame, quando o paciente discordou dos procedimentos adotados. Transtornado, ele chutou a mesa de atendimento e agrediu uma funcionária com chutes e xingamentos. Os envolvidos não tiveram os nomes revelados.De acordo com a coordenadoria do Distrito de Saúde Norte, o centro de saúde ficou fechado para preservar a integridade física dos funcionários e não houve prejuízo no atendimento à população. Funcionários do centro de saúde orientaram os usuários que procuraram o serviço a se dirigir até o pronto socorro. O atendimento será retomado a partir das 7h desta terça-feira (1) com o apoio da Guarda Municipal, e o posto deve funcionar normalmente.A conselheira do centro de saúde, Ivaniora Ayres, de 70 anos, lamentou a atitude dos agressores e criticou a falta de envolvimento da população do bairro nas questões relacionadas ao posto. “O serviço no centro de saúde agora está muito bom, mas quando tem reunião do conselho eles (os usuários) não vêm e não ficam sabendo de nada que acontece. O rapaz veio fazer coleta, mas o papel dele estava errado e já chegou agredindo a funcionária”, afirmou a conselheira.A suspensão do atendimento no centro de saúde pegou de surpresa os moradores do bairro que procuraram o posto. O autônomo Antonio Rodrigues, de 51 anos, se deslocou até a unidade para marcar uma consulta e encontrou as portas fechadas. “Fui no pronto socorro e mandaram eu vir para cá e marcar uma consulta no cardiologista. Deixei de trabalhar para tentar marcar a consulta e agora tenho que voltar amanhã ou procurar outro lugar”, disse Rodrigues.Situação semelhante passou Maurício Campos, de 50 anos. Toda segunda-feira ele vai até o centro de saúde retirar remédios. Após aguardar mais de uma hora, ele conseguiu retirar os remédios por volta das 11h. “Cheguei aqui às 9h15 e agora consegui pegar a medicação”, afirmou Campos. Veja também Pacientes atestam falta de remédios em postinho Usuárias de Centro de Saúde fazem pesquisa e constatam falta de 20 medicamentos