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CS é entregue com um ano de atraso

A Prefeitura de Campinas entregou na manhã de ontem a reforma e ampliação do Centro de Saúde Dr. Armando Rocha Brito Júnior, com um ano de atraso

Francisco Lima Neto
13/11/2019 às 09:30.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:14

A Prefeitura de Campinas entregou na manhã de ontem a reforma e ampliação do Centro de Saúde Dr. Armando Rocha Brito Júnior, o CS Capivari, com um ano de atraso. As obras duraram dois anos e meio no total. De acordo com a Administração, um problema com a empresa que ganhou a licitação causou o atraso, já que a obra teve de ser licitada novamente. O local atende 550 pessoas por dia, em média. De acordo com o prefeito Jonas Donizette (PSB), a Saúde passa pela maior reestruturação na história da cidade. As obras propiciaram uma ampliação da área de 400 para 900 metros quadrados. "Esse centro de saúde, a partir de hoje, é aquilo que a gente deseja para toda a rede básica. Não tem mais papel. Prontuário todo eletrônico. Isso é uma coisa que vai revolucionar a medicina popular, o tratamento da saúde da população. Porque onde ela for, o prontuário pode acompanhar ela. É a tecnologia a favor também da área da saúde", discursou. A unidade ganhou 13 novos ambientes: recepção, sala de urgência, farmácia com almoxarifado, seis consultórios, sala dos agentes de saúde, dois banheiros e sala de reunião. O investimento total foi de R$ 969.717,00, sendo parte do valor da obra financiada pelo Ministério da Saúde via Caixa Econômica Federal. O restante é contrapartida da Prefeitura. A parte antiga do CS também passou por melhorias e recebeu pintura, troca de torneiras e reforma da odontologia, que ganhará a terceira cadeira de dentista (começa a funcionar em 19 de novembro). A previsão inicial de conclusão da obra era de um ano e meio, mas o prazo foi estendido em um ano. "Essa obra, a empresa que ganhou não concluiu aquilo que deveria concluir. Nós fizemos uma relicitação. O que eu expliquei para os conselheiros da saúde, no meu governo eu não paguei a mais para nenhuma empresa que ganhou obra. Isso é muito comum no Brasil", afirmou Jonas. Ele afirmou que muitas empresas colocam o preço muito baixo na hora da licitação e depois pedem mais. "Isso não é correto. Em vez de ficar amarrados, nós encerramos o contrato, relicitamos, pegamos uma nova empresa e concluímos a obra. Então é claro que teve essa intercorrência. Dois anos e meio a obra completa. Se estendeu um pouco mais do que deveria", admitiu. O prefeito ainda agradeceu a paciência, já que as obras aconteceram enquanto a unidade continuava funcionando. "Você fazer uma obra em casa morando na casa já é um transtorno, imagina um centro de saúde. Aproveito para agradecer a coordenadora, os funcionários, e a população que teve paciência para esperar e agora recebe um centro de saúde em ótimas condições", comemorou. A coordenadora do Centro de Saúde, a médica Rita Bottcher, agradeceu a toda a equipe de trabalho, que foi essencial para que a unidade pudesse desenvolver sua trajetória, além dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde e do Conselho Local. “Nosso Centro de Saúde foi piloto em diversos projetos de sucesso como a informatização”. Rita também ressaltou que desde o último ano, o CS conta com um grupo de saúde mental e é uma unidade incentivadora do ensino. “Recebemos alunos de cursos técnicos, da residência multidisciplinar e médica e contaremos agora, inclusive, com uma sala específica para os nossos residentes”. O secretário Municipal de Saúde, Carmino de Souza, também destacou a inovação representada pelo CS Capivari. “Outra tradição de nossa rede e que o CS representa é ser uma unidade acolhedora do sistema de ensino. A reforma e ampliação era uma necessidade premente para a unidade que tem um grupo grande de funcionários e de pessoas em formação. Também melhoramos a acessibilidade com rampas de acesso, banheiros para pessoas com deficiência e ampliamos o número de salas para atendimento”. Armando Rocha Brito Júnior, que dá nome ao Centro de Saúde, foi médico em Campinas. Atuou nas áreas de cirurgia geral e da ginecologia e obstetrícia. Durante 45 anos foi diretor da Beneficência Portuguesa de Campinas. Como profissional autônomo, à época filiado ao INPS, atendia pessoas carentes de Campinas e de outras cidades do interior do Estado.

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