CS do Parque Floresta ainda aguarda conserto

O rombo aberto no teto do Centro de Saúde (CS) do Parque Floresta, em Campinas, durante a tempestade do último dia 5, ainda não foi consertado e os pacientes que procuram a unidade são atendidos de forma improvisada em uma sala de reuniões. A previsão da Prefeitura é de que as obras de reparos comecem ainda nesta semana. Dezessete dias depois de o temporal ter atingido o CS, o cenário nesta quarta-feira era o mesmo. O buraco no teto não havia sido consertado e as duas salas da ginecologia, uma da psiquiatria, uma de acolhimento e uma do clínico geral continuam interditadas devido a rachaduras e infiltrações. Na sala de procedimento, onde são feitos os curativos, a pia baixa usada para lavar as pernas dos pacientes está danificada há meses e o piso da sala está quebrado. “Quando tem algum ferimento na perna do paciente nós improvisamos e utilizamos uma bacia para lavar o ferimento. A pia está quebrada e pode cortar a perna do enfermeiro ou do paciente durante o uso”, disse uma funcionária. Em outra sala, o trinco da porta está quebrado e um pedaço de madeira garante que a porta não abra. “Como embaixo da porta está aberto, já encontramos vários bichos, inclusive ratos”, relatou uma enfermeira. Na sala da odontologia, dentistas trabalham em meio a infiltrações e rachaduras. No teto, um pequeno buraco traz a água da chuva para dentro do consultório. “Quando chove, a água escoa pelo buraco e atinge a sala. Temo que nosso equipamento, que não é dos melhores, seja danificado”, disse uma dentista. Na sala de vacinação, uma lâmpada está há três semanas queimada. “Já fizemos a solicitação para a troca. Como a sala não é tão iluminada, a enfermeira que aplica as vacinas trabalha até as 16h30, enquanto o sol ilumina a sala”, disse uma funcionária. Além de problemas estruturais, a máquina responsável pela esterilização dos materiais hospitalares que fica no CS não funciona. “O pessoal da manutenção já veio várias vezes, mas ela não funciona. Os materiais que precisam de esterilização, como tesoura, materiais para fazer curativo e dos profissionais da odontologia estão sendo levados para outro CS.” Alguns moradores que buscam atendimento no CS Parque Floresta precisam se deslocar ao CS do Parque Itajaí. “Um pediatra e um clínico geral foram transferidos para o Itajaí. O morador marca a consulta no Floresta e é atendido no Itajaí. Tem paciente que fica perdido com essa situação”, afirmou uma funcionária. Maria Estela, de 31 anos, levou na quarta a filha ao CS para uma consulta no dentista. Ela disse que evita levar a menina à unidade do Parque Floresta para passar por uma consulta médica. “A situação aqui é precária. Prefiro guardar dinheiro e pagar um consulta do que trazer minha filha nesse centro de saúde.”  Prefeitura Em nota, a Prefeitura informou que os dois médicos que estão no Itajaí atendem exclusivamente as consultas agendadas dos pacientes do Parque Floresta. A medida foi necessária para não desassistir os pacientes. Segundo a Prefeitura, a ordem de serviço para início da obra já foi dada e a empresa contratada iniciou as compras do material para os reparos. A previsão é de que a obra comece ainda esta semana, assim que as telhas chegarem. Estão previstas a colocação de novo forro, a troca de telhas, reparação dos pisos, manutenção dos banheiros, troca de portas de ferro, entre outros reparos. A Administração afirmou que o CS Parque Floresta faz parte do programa “Saúde em Ação”, que é uma parceria do governo do Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que beneficiará Campinas com sete novas unidades de saúde e 13 reformas, entre elas o Centro de Saúde Floresta.