DIFICULDADES

Crise reflete em ONGs de animais

Sem doações, instituições têm dificuldades para prosseguir de portas abertas

Henrique Hein
08/08/2020 às 09:48.
Atualizado em 28/03/2022 às 19:26
As dívidas se acumulam na ONG Amor de Bicho Não Tem Preço (Divulgação)

As dívidas se acumulam na ONG Amor de Bicho Não Tem Preço (Divulgação)

Os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus colocam em risco também a sobrevivência de ONGs que cuidam de animais abandonados em Campinas. Com a diminuição de doações e a queda nas adoções, muitos protetores estão recorrendo a outras fontes de arrecadação para custear os cuidados diários dos bichinhos. Em alguns casos, a situação é tão delicada que os próprios proprietários já temem pelo fechamento de seus espaços e pelo que pode acontecer com os animais. Um dos casos é o da ONG Amor de Bicho Não Tem Preço, que é mantida por voluntários há quase vinte anos no município. A associação precisa arrecadar verbas para conseguir pagar uma série de dívidas e comprar ração para os mais de 100 gatos e 200 cachorros que moram no abrigo. O alimento está ficando em falta e só dura até a semana que vem. A diretora do local, Cláudia de Carli, explica que a instituição está com dificuldade para obter recursos e que precisa do apoio da população para sobreviver. Segundo ela, o IPTU do espaço está atrasado e ela corre o risco de ter que fechar as portas se não fizer o pagamento. "A gente sempre teve um grande problema para arrecadar, mas durante a pandemia a situação piorou muito. Aumentamos os nossos gastos e a ajuda que recebíamos caiu pela metade", disse ela. "Eu e a minha irmã estamos usando os auxílios do Governo Federal para pagar boletos. Não temos condição de pagar o IPTU agora, porque é ele ou a alimentação dos animais", ressaltou. A pandemia também atingiu em cheio outras instituições, como a Associação Amigos dos Animais de Campinas (AAAC), que existe desde 1983 e que trata de mais de 2,5 mil animais. "Quando a pandemia chegou, nós começamos a ter uma queda de 20% a 30% na arrecadação dos associados que contribuíam mensalmente com a gente", explicou o presidente da instituição, Sérgio Pelegrinelli. "Isso complicou ainda mais uma situação que já era difícil", frisou. Para driblar a crise, Pelegrinelli explica que foi preciso reduzir custos e destinar o dinheiro arrecadado apenas para manter a alimentação e os medicamentos dos animais em dia. "Para se ter uma ideia, os salários dos últimos três meses dos nossos 11 funcionários foram pagos via programa de apoio de pequenas e médias empresas que o Governo Federal lançou em função da pandemia. Ou seja, tivemos que pegar dinheiro emprestado e vamos ter que reembolsar esse valor logo mais. Isso, com certeza, vai pesar muito lá na frente", disse ele. Como ajudar? Quem quiser ajudar a ONG Amor de Bicho Não Tem Preço pode contribuir com doações. Para isso, basta entrar em contato com a Cláudia pelos telefone (19) 97105-4445, pelo chat do Facebook (www.facebook.com/ABNTP) ou pelo e-mail: amordebichonaotempreç[email protected]. Doações também podem ser feitas em uma das duas contas da instituição. A primeira é a da Caixa Econômica Federal (agência 1203; operação 003; conta-corrente 1340-5) e a segunda é a do Itaú (agência 8507; conta-corrente 01415-0). Já os interessados em contribuir com a AAAC podem ajudar a entidade se associando por meio do site: www.aaac.org.br. Também é possível fazer doações para os seguintes bancos: Bradesco (agência 2118-0; conta-corrente 25.505-0), Itaú (agência 2964; conta-corrente 20.470-1), e Santander (agência 3644; conta-corrente 13000570-1).

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