Alunos da CEI (Centro de Educação Infantil) Lar Campinense, no Jardim Eulina, estão sem aulas há duas semanas por conta de uma divergência
Alunos da CEI (Centro de Educação Infantil) Lar Campinense, no Jardim Eulina, estão sem aulas há duas semanas por conta de uma divergência entre a diretoria atual e a antiga direção. A Organização da Sociedade Civil Lar Campinense - responsável pelo serviço - teve as contas bloqueadas pela Justiça por problemas na prestação contas e na documentação e, com isso, 135 alunos são prejudicados. A entidade recebe repasses de R$ 515 mil por ano, das secretarias de Educação e de Assistência Social. “Nós não sabemos mais o que fazer, porque estamos sem aulas há duas semanas e a gente não tem onde deixar as crianças”, reclama a mãe de aluno, Daiane Cristina Capai. “Não estou conseguindo deixar meu filho na escola e estou tendo de pagar para outra pessoa cuidar”, acrescenta. Gabriela Apolinário, que é mãe de uma menina de 5 anos matriculada na escola, diz que os transtornos têm sido grandes. “Uma petição foi aberta na internet, tentando sensibilizar as autoridades para evitar que a escola seja fechada. Segundo pais, funcionários da escola estão sem receber. Os problemas na gestão iniciaram no ano passado, segundo informou o advogado Marlon Rodrigues de Jesus, que defende a atual diretoria. No processo de prestação de contas de 2018, a diretoria encontrou irregularidades, como superfaturamento, abastecimento irregular de produtos, além de problemas como fornecimento de plano de saúde a familiares dos antigos diretores e um contrato entre a entidade e um servidor público - o que é proibido. O advogado diz ainda que a antiga diretoria forjou documentos e acabou induzindo o juiz ao erro. O representante da antiga diretoria foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado. A secretaria de Educação informa que os repasses foram suspensos em agosto. A secretaria informa que 65 crianças de 3 a 5 anos serão transferidas para a Escola Bolinha de Mel. Os demais, estão sob a responsabilidade da Assistência, que não informou o destino das crianças.