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Crescimento da população motiva fazenda do futuro

Agropecuária, em expansão, já projeta demanda para 2050

Rafaela Dias e Daniel de Camargo
28/06/2018 às 08:59.
Atualizado em 22/04/2022 às 02:25
Embrapa informa que segmento utiliza TI nas três fases de produção (Divulgação)

Embrapa informa que segmento utiliza TI nas três fases de produção (Divulgação)

A população mundial vai crescer 30% até 2050, resultando em mais 2,3 bilhões de pessoas a serem alimentadas. Esse número traz grande responsabilidade para o setor agropecuário, comenta Sílvia Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária. Esse, entre outros fatos, exige que toda a ciência e ferramentas destinadas ao setor sejam conciliadas de modo que apoiem o desenvolvimento agropecuário em toda a sua cadeia produtiva. Segundo ela, os recursos devem ser direcionados de modo que, os pequenos, médios e grandes produtores, sejam beneficiados. De imediato, a pesquisadora ressaltou em sua apresentação que, a instituição é ligada ao Ministério da Agricultura e que seu foco é " atuar nas áreas de agroinformática e bioinformática para prover soluções para a agricultura aplicando métodos, técnicas e ferramentas computacionais envolvendo equipes multidisciplinares.” Sílvia contextualiza que a agropecuária do futuro passa pelo planejamento do manejo da pastagem e da alimentação, processos que vão requerer a utilização de drones e satélites. Para que o propósito seja atingido, Sílvia classifica a parceria público-privada como fundamental para o crescimento do seguimento. Em 2017, o agronegócio foi o grande responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O PIB teve alta de 1,0% após dois anos seguidos de retração. Apesar de representar apenas 5,3% da composição, o setor respondeu por 0,7% do valor adicionado. A TI tem grande participação nesse resultado, pois segundo ela, os indicadores gerados provem dados que simplificam a obtenção de financiamentos. Isto, devido as métricas apontarem para as instituições financeiras que os valores repassados vão trazer lucro, consequentemente possibilitando o pagamento do valor disponibilizado. Contudo, a contribuição da TI para o desenvolvimento agropecuário vai além. Sílvia esclarece que ela é importante nas três (pré-produção, produção e pós-produção) etapas do processo, passando pela genética, sementes, plantação, colheita, distribuição, processamento e, por fim, consumo. Entre as ferramentas utilizadas estão, entre outros, sensores, máquinas autônomas e sistema GPS. “Sem os avanços alcançados na área de TI não seríamos capazes de antecipar mudanças climáticas, realizar o zoneamento agrícola de riscos climáticos, realizar previsões meteorológicas e previsão de safras, acompanhar os indicadores de mercado, monitorar o desmatamento da floresta amazônica, realizar análises genômicas, acompanhar a saúde animal e ter acesso on-line, entre outras aplicações. Esse conjunto de informações e sistemas tem apoiado as decisões do agronegócio”. Sílvia explica que esse determinado conjunto de inovações prometem grandes avanços na automação da agricultura. “Essas são as chamadas tecnologias disruptivas. Além das áreas de Big data, inteligência artificial, internet das coisas, impressão 3D, robótica, blockchain, realidade aumentada, realidade virtual e plataformas sociais, a mobilidade e a computação em nuvem são alguns dos pilares para inovação na agricultura”, conclui.

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