balanço

Cresce percentual de mortes em acidentes com motos

Os motociclistas representaram mais da metade (58%) das vítimas fatais no trânsito de Campinas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2019

Henrique Hein
20/03/2019 às 09:01.
Atualizado em 04/04/2022 às 22:20

Os motociclistas representaram mais da metade (58%) das vítimas fatais no trânsito de Campinas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, segundo dados divulgados ontem pelo Infosiga-SP — o banco de dados com informações de acidentes de trânsito do Estado de São Paulo. Trata-se do maior índice percentual já registrado pelo órgão, que começou a recolher e computar os dados em 2015. No primeiro bimestre de 2019, do total de 19 mortes registradas no trânsito de Campinas, 11 envolviam motociclistas. Os jovens, de 18 a 24 anos, foram as maiores vítimas, com cinco das 11 mortes confirmadas. Segundo o Infosiga-SP, a maioria mortes (45,45%) no trânsito campineiro aconteceu no período da tarde, das 12h às 18h. Todas as 19 vítimas fatais do bimestre são homens, e em 21% dos casos (4 deles), o condutor foi a óbito sem colidir com nenhum outro veículo. As terças e sextas-feiras, são os dias com os maiores índices de mortes: 6 das 19. Em 54,4% dos casos, os motociclistas acabaram morrendo na própria pista e não no hospital. Chama a atenção, ainda, os horários em que os acidentes envolvendo pessoas entre 18 e 24 anos aconteceram, já que a madrugada (0h às 6h) — um horário em que muitos jovens voltam das festas e há uma maior chance de embriaguez ao veículo — registrou apenas uma das cinco mortes (20%). Os demais óbitos (80% dos casos) ocorreram entre as 6h e 18h, durante o horário comercial. Foram três mortes causadas por colisões — duas em caminhões e uma em um ônibus — e dois óbitos sem registros de colisão com nenhum outro veículo. Outros números Os dados recolhidos pelo Infosiga-SP mostram também que o número de mortes no trânsito de Campinas em janeiro e fevereiro de 2019 é o segundo menor dos últimos cinco anos e que as estatísticas só ficam acima dos índices registrados no mesmo período de 2018. Neste ano, foram registradas 19 mortes, contra 16 do ano passado. Trata-se do segundo ano consecutivo em que o número de vítimas fatais fica abaixo de vinte pessoas nos primeiros dois meses do ano. No acumulado de janeiro e fevereiro de 2015, 2016 e 2017 morreram, respectivamente, 27, 24 e 25 pessoas. Pelo quarto ano consecutivo, fevereiro fecha o mês com menos mortes do que janeiro: 8 contra 11, em 2019. Apenas em 2015 — ano em que o Infosiga-SP começou a recolher e computar os dados — é que o número de vítimas fatais foi superior em fevereiro em relação a janeiro: 10 contra 17.

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