Cresce número de crimes contra a vida em Campinas

Um funkeiro de 20 anos, um servente de pedreiro de 54, um letrista de 40 e um morador de rua de 22 são algumas das 73 vítimas de homicídio ocorridos nos primeiros sete meses deste ano em Campinas. Com aumento de 4,2% no número de casos em relação ao mesmo período de 2012, quando foram registrados 70 casos, o assassinato é o segundo crime contra a vida que mais cresce e desafia o setor de segurança da cidade. Já os registros de latrocínio (roubo seguido de morte) cresceram 33,3% entre janeiro e julho deste ano, com oito casos, dois a mais, do que o contabilizado no mesmo período do ano passado. Somente no mês de fevereiro, foram confirmados quatro casos. Os dados estatísticos foram divulgados ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.Dos crimes contra o patrimônio, o roubo a banco teve alta de 75%, passando de quatro para sete casos. Roubo de carga e roubo de veículos também cresceram em comparação aos primeiros sete meses de 2012. Já os roubos comuns, furtos comuns e de veículos apresentaram tendência de queda.O roubo de cargas apresentou alta de 26,3% no mesmo período. De janeiro a julho de 2012, 163 caminhões foram levados por quadrilhas especializadas nas vias que cortam Campinas, enquanto que neste ano já foram registrados 206 casos. O roubo de veículos registrou alta menor no período: 12,6%. Foram 2.856 veículos roubados entre janeiro e julho deste ano, enquanto no ano passado o número foi de 2.535. Os roubos comuns caíram de 5.132 para 4.619, ou seja e os furtos de veículos também seguiram tendência de queda, com 2.873 casos este ano. Em 2012, foram 3.065.No início deste ano, após o registro de uma onda de criminalidade na cidade, foi criado um Gabinete de Segurança da Região Metropolitana. As ações do grupo foram anunciadas em maio e na quarta reunião, ocorrida no início deste mês, o secretário adjunto de Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte, ressaltou que para reduzir os índices de violência, a polícia montou um mapa com os pontos mais degradados da região e também com maior índices criminais.A Polícia Militar (PM) também iniciou operações mensais de combate ao tráfico de drogas, roubo e furto de veículos e de apreensão de armas. Procurado ontem, o Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2) informou que só comentaria os dados divulgados pela secretaria hoje.Uma das mortes de maior repercussão ocorrida em Campinas este ano foi a do funkeiro Daniel Pellegrine, o MC Daleste, em 6 de julho. Ele foi atingido por dois tiros enquanto fazia um show em uma quermesse do bairro CDHU San Martin. O caso ainda é investigado pela polícia.