TRÂNSITO

Cresce flagrante de motoristas sob efeito de álcool

Estradas da região veem explodir número de autuações neste ano; foram 87 prisões de janeiro a junho e 36 no ano passado

Luciana Félix
luciana.felix@rac.com.br
28/07/2013 às 10:06.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:25

O número de motoristas presos ao serem flagrados embriagados nas rodovias da região de Campinas mais que dobrou nos seis primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2012. Foram 87 prisões de janeiro a junho e 36 no ano passado, um aumento de 142%.O levantamento é da Polícia Militar Rodoviária (PMR) e é referente a 12 principais rodovias da região. Um dos motivos que explicam o aumento na quantidade de prisões, segundo a PMR, é o endurecimento na Lei Seca, que aumentou a fiscalização nas estradas da região. A nova lei, também conhecida como “Tolerância Zero”, foi instituída em 23 de janeiro e ficou bem mais rigorosa. Antes, o motorista flagrado com até 0,10 miligrama de álcool por litro de ar expelido era liberado. Hoje, a presença de 0,05 miligrama de álcool por litro de ar expelido já configura infração de trânsito. O novo limite equivale a menos de um copo de cerveja. PrisõesGrande parte dessas prisões foi efetuada durante blitze, aos finais de semana e feriados — apenas no Carnaval foram feitas dez prisões —, e em acidentes, com ou sem vítimas. Há pouco mais de uma semana, um acidente grave envolvendo dois carros e um motorista alcoolizado tirou a vida de quatro pessoas na Rodovia Santos Dumont, próximo ao Campinas Shopping.O tenente da PMR Paulo Wong afirmou que, desde o início do ano, a polícia intensificou as operações, principalmente no período da noite e vésperas de feriados, para flagrar motoristas que desrespeitam a lei e que podem provocar acidentes graves, como o do dia 19. “Infelizmente, é comum flagrarmos motoristas dirigindo em rodovias em estado de embriaguez. Quando não pegamos na blitze, percebemos por meio de câmeras instaladas nas rodovias que eles costumam andar em ziguezague, muito devagar ou muito rápido. Paramos para evitar que o pior aconteça”, afirmou.Para o especialista em transportes e professor de engenharia civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Creso de Franco Peixoto, falta uma consciência de punição para esses motoristas, que mesmo com a lei em vigor não acreditam que podem ser detidos. “Essa parcela é grande. O governo deveria ajudar um pouco mais quem vai beber. Buscar alternativas mais eficazes, como táxis mais baratos e meios de transporte com mais qualidade.”

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