O número de profissionais da saúde infectados pelo novo coronavírus, tanto no setor público quando privado, cresceu 61,3% em Campinas na última semana
O número de profissionais da saúde infectados pelo novo coronavírus, tanto no setor público quando privado, cresceu 61,3% em Campinas na última semana, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Em 12 de maio, eram 224 profissionais, o que representava 36% do total de 662 casos registrados. No dia 19 de maio, já eram 365, ou 37,5% dos 970 casos, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado sexta-feira passada. Para o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores, Jadirson Tadeu Cohen Paranatinga, o principal problema está na falta de condições de trabalho seguras e com equipamentos adequados e qualificados para evitar que os profissionais da área da Saúde e assistência social fiquem expostos ao contágio da Covid-19. O secretário de Saúde, Carmino de Souza, disse que a afirmação de falta de EPIs nas unidades de saúde não procede. "Tenho tido inúmeras reuniões virtuais com órgãos de controle demonstrando isto. Tem sido um esforço enorme, mas temos conseguido atender nossos profissionais a contento", afirmou. Segundo o coordenador do sindicato, por ações da entidade, foi suspenso parcialmente o atendimento do Centro de Saúde (CS) Paranapanema para que fossem fornecidos EPIs para todos os funcionários e também foi garantida a entrega semanal de EPIs para todos os funcionários no Centro de Saúde (CS) Eulina. O sindicato ingressou com representação no Ministério do Trabalho e, com amparo do MPT, já percorreu mais de 60 unidades de Saúde de Campinas, onde a constou que o maior problema é falta de EPIs. "Todas as situações precárias de trabalho estão sendo denunciadas para o Ministério Público, que tem processos abertos. Também temos inquéritos civis em andamento", afirmou. Taxa de isolamento registra elevação no domingo na RMC Cresceu para 52% a taxa de isolamento social nas dez cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no domingo, mas ainda assim, abaixo da média do Estado, de 55%. Campinas avançou para 54%, ante 50% no sábado, mas duas cidades continuam com índices baixos, Hortolândia e Santa Bárbara d´Oeste, que registraram 49% e 48% respectivamente. A expectativa é que esse feriado prolongado mantenha mais as pessoas dentro de casa, para poder atingir a taxa de, pelo menos, 55%, que será um dos indicadores que o governo do Estado irá utilizar para autorizar o início da flexibilidade das atividades econômica a partir do fim da quarentena, previsto para 31 de maio. As maiores taxas de isolamento no domingo foram de Indaiatuba, Valinhos e Vinhedo, que atingiram 55%. Itatiba e Paulínia registraram 52%, Americana e Paulínia 50% cada uma e Sumaré 51%. A taxa é elaborada pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo com base na análise dos dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, inclusive com apoio das prefeituras.