Muita gente foi conferir a extensão da cratera aberta na rua Gustavo Ambrust, no Cambuí
A curiosidade em ver a extensão da cratera aberta na Rua Gustavo Armbrust, no Cambuí, depois do desmoronamento do muro de contenção de uma obra da Construtora GNO, levou muita gente ao local na manhã de sábado (8/6). As pessoas queriam ver de perto o que aconteceu e até analisar, mesmo que sem chegar muito perto, as causas do problema. Apesar de toda a extensão do buraco — de cerca de 50 metros — ter sido interditada com tapumes, os curiosos paravam para olhar pelas frestas e até fotografar.
E pelo jeito a cratera ainda vai atrair muita gente ao local, já que a Comissão de Investigação aberta pela Prefeitura de Campinas para apurar as causas que levaram ao desmoronamento do muro e de parte da Rua Gustavo Armbrust, na manhã da última quinta-feira, já anunciou que o primeiro pacote de medidas para iniciar a reconstrução da área só deverá ser concluído no ano que vem.
Enquanto isso, a população aproveita para analisar o problema. “Eu tinha visto no noticiário que houve o desmoronamento, saí para passear e parei para dar uma olhada”, conta o engenheiro de telecomunicações Edson Aguiar, que também levou o filho Matheus para espiar a cratera.
O tecnólogo em eletrônica industrial Walter Gentile também foi fazer uma caminhada e parou para olhar o local do acidente. “A coisa está feia por aqui e eu vim conhecer, por pura curiosidade”, admite. Ele também se mostrou preocupado, não somente com as edificações próximas ao buraco, mas com toda a cidade. “Se aconteceu aqui e ninguém sabe o que causou esse deslizamento, é sinal de que qualquer região está sujeita a isso”, pondera.
O engenheiro civil Michel Abdel, por ser ligado à área de construção civil, quis ver de perto o estrago feito pelo desmoronamento do muro de contenção da obra. “Desde quinta-feira que eu queria ver para ter uma ideia do que tinha acontecido, mas não dá para eu dar uma opinião sobre o que aconteceu. É preciso fazer um estudo bem detalhado sobre as condições da área”, destaca. O reparador Lázaro Rodrigues Moraes achou que tinha desabado um prédio inteiro. “Ainda bem que foi só a rua que foi engolida pela obra”, observa.
Avaliação
De acordo com o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, que faz avaliações constantes no local, o problema não evoluiu e o monitoramento vai continuar.