O prefeito Jonas Donizette participa do lançamento do Cartão Recomeço no Palácio dos Bandeirantes
Imagem de usuário de crack (France Presse)
Campinas está entre os onze municípios do estado de São Paulo que receberão o piloto do projeto Cartão Recomeço, destinado à recuperação voluntária de dependentes químicos do estado de São Paulo que está sendo implementado pelo governador Geraldo Alckmin. A cidade receberá pelo menos 500 dos 3 mil cartões que serão distribuídos em todo o estado em um prazo de 60 dias.
O Cartão é um benefício que será usado para a recuperação de dependentes químicos que procurarem recuperação voluntariamente em entidades especializadas. Este servirá para controlar a sua presença ao longo do tratamento. O dependente ou sua família não recebem nenhum valor em dinheiro. O pagamento será realizado diretamente às entidades de recuperação especializadas e valor disponibilizado para a recuperação do usuário é o equivalente ao tempo necessário para sua recuperação. Serão R$ 1.350,00 por mês para custear as despesas de recuperação dos dependentes químicos que buscarem ajuda.
O lançamento do Cartão Recomeço aconteceu nesta quinta-feira (9), no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do prefeito de Campinas Jonas Donizette.
O Cartão é uma parceria entre o governo estadual e entidades especializadas.
Inicialmente, serão distribuídos três mil cartões que irão custear o atendimento em entidades escolhidas pelo estado por meio de edital. para oferecer atendimento a dependentes químicos em instituições particulares devidamente credenciadas.
A coordenação do programa será feita por um grupo gestor formado por representantes das secretarias de Desenvolvimento Social, da Justiça e Defesa da Cidadania e da Saúde.
Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Unifesp, que participou da criação do Cartão Recomeço, a vantagem do modelo é descentralizar o financiamento do tratamento, segundo informação da agência estado. “Muitas famílias, mesmo de classe média, estouram o orçamento tentando pagar tratamento para o familiar dependente.” Com o cartão, diz Laranjeira, as famílias terão uma “proteção” para o caso de o parente ficar viciado. “A família poderá ter dinheiro para oferecer ajuda caso o dependente aceite uma internação.”
O governo também ressalta que o recurso é carimbado, só podendo ser sacado para pagamento em clínicas credenciadas. O plano envolve técnicos das Secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde e da Justiça. O pagamento sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.