DROGAS

Crack: Campinas terá Cartão Recomeço para tratar dependentes

O prefeito Jonas Donizette participa do lançamento do Cartão Recomeço no Palácio dos Bandeirantes

Moara Semeghini
09/05/2013 às 11:13.
Atualizado em 25/04/2022 às 16:59
Imagem de usuário de crack (France Presse)

Imagem de usuário de crack (France Presse)

Campinas está entre os onze municípios do estado de São Paulo que receberão o piloto do projeto Cartão Recomeço, destinado à recuperação voluntária de dependentes químicos do estado de São Paulo que está sendo implementado pelo governador Geraldo Alckmin. A cidade receberá pelo menos 500 dos 3 mil cartões que serão distribuídos em todo o estado em um prazo de 60 dias.

O Cartão é um benefício que será usado para a recuperação de dependentes químicos que procurarem recuperação voluntariamente em entidades especializadas. Este servirá para controlar a sua presença ao longo do tratamento. O dependente ou sua família não recebem nenhum valor em dinheiro. O pagamento será realizado diretamente às entidades de recuperação especializadas e valor disponibilizado para a recuperação do usuário é o equivalente ao tempo necessário para sua recuperação. Serão R$ 1.350,00 por mês para custear as despesas de recuperação dos dependentes químicos que buscarem ajuda.

O lançamento do Cartão Recomeço aconteceu nesta quinta-feira (9), no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do prefeito de Campinas Jonas Donizette.

O Cartão é uma parceria entre o governo estadual e entidades especializadas.

Inicialmente, serão distribuídos três mil cartões que irão custear o atendimento em entidades escolhidas pelo estado por meio de edital. para oferecer atendimento a dependentes químicos em instituições particulares devidamente credenciadas.

A coordenação do programa será feita por um grupo gestor formado por representantes das secretarias de Desenvolvimento Social, da Justiça e Defesa da Cidadania e da Saúde.

Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Unifesp, que participou da criação do Cartão Recomeço, a vantagem do modelo é descentralizar o financiamento do tratamento, segundo informação da agência estado. “Muitas famílias, mesmo de classe média, estouram o orçamento tentando pagar tratamento para o familiar dependente.” Com o cartão, diz Laranjeira, as famílias terão uma “proteção” para o caso de o parente ficar viciado. “A família poderá ter dinheiro para oferecer ajuda caso o dependente aceite uma internação.”

O governo também ressalta que o recurso é carimbado, só podendo ser sacado para pagamento em clínicas credenciadas. O plano envolve técnicos das Secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde e da Justiça. O pagamento sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.

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