PAULÍNIA

CP contra Caprino está paralisada

Câmara informa que ainda não conseguiu localizar vice-prefeito para notificá-lo

Maria Teresa Costa/AAN
21/02/2018 às 07:19.
Atualizado em 22/04/2022 às 05:38
O vice Sandro Caprino: sob suspeita de improbidade administrativa (Cedoc/RAC)

O vice Sandro Caprino: sob suspeita de improbidade administrativa (Cedoc/RAC)

A Comissão Processante (CP) instalada pela Câmara de Paulínia para investigar o vice-prefeito Sandro Caprino (PRB), por suspeita de improbidade administrativa, parou suas atividades porque a Câmara não consegue notificá-lo. O presidente da CP, Fábio Valadão (PRTB), informou terça-feira que foram feitas várias diligências na casa de Caprino desde sexta-feira, mas ele não está sendo localizado. Assim que for notificado, começa a correr o prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos, que poderá resultar em sua cassação. O vice terá dez dias para apresentar defesa prévia, e a partir daí a comissão poderá iniciar a investigação, com as oitivas de testemunhas que forem arroladas por Caprino e também pelo denunciante, Márcio Rosa Santos, assessor de políticas públicas e vinculado ao gabinete do vice, que acusa Caprino de receber salário de R$ 7,7 mil, sem trabalhar. O Correio não conseguiu contato ontem com o vice-prefeito. A função de vice é a de atuar quando convocado pelo prefeito, conforme está definido na Lei Orgânica do Município. A lei estabelece que “compete ao vice-prefeito auxiliar o prefeito sempre que este for convocado para missões especiais, bem como substituí-lo em casos de ausência, impedimento e licença, ou suceder-lhe no cargo em caso de urgência”. O presidente da CP disse que algumas averiguações sobre a função do vice precisam ser feitas ainda, porque houve uma reforma administrativa na Prefeitura. “Não sei ainda se foi dada ao vice alguma atribuição administrativa”, afirmou. A CP foi escolhida por meio de sorteio e tem como presidente Fábio Valadão (PRTB), Loira (PSDC) como secretário e Xandynho Ferrari (PSD) na relatoria. Os três vereadores estão entre os 13 que rejeitaram a instalação de duas Comissões Especiais de Inquérito (CPI) e uma CP contra o prefeito Dixon Carvalho (PP) e que, segundo denúnica do sargento Luis Roberto de Lima, teriam acobertado atos criminosos do prefeito em troca de vantagens indevidas. Por decisão da Justiça, a Câmara tem que convocar sessão extraordinária e convocar os suplentes dos 13 vereadores, para votar novamente o pedido de instalação de uma CP contra o prefeito e os parlamentares. Valadão afirmou ontem que na condução da comissão que investigará o vice-prefeito trabalhará para que a Justiça prevaleça. “Garanto que o trabalho será feito até o final com total isenção, oferencendo sempre o direito de defesa”, disse. O vice rompeu com o prefeito Dixon em maio do ano passado, alegando má gestão do chefe do Executivo e que nunca era ouvido por ele. A comissão começa a trabalhar na quarta-feira. O vice-prefeito e o assessor que o denunciou na Câmara já tiveram alguns embates públicos. No ano passado, em julho, Caprino chegou a registrar boletim de ocorrência contra Márcio Rosa Santos, conhecido como Márcio Leão, por agressão na Delegacia de Paulínia. A agressão teria ocorrido dentro da Prefeitura. Márcio Leão também registrou BO contra o vice-prefeito, alegando que foi igualmente agredido por Caprino. 

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