caso ouro verde

CP adia audiências para quinta-feira

O adiamento ocorreu porque a comissão recebeu, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma série de documentos

Maria Teresa Costa
29/01/2019 às 07:51.
Atualizado em 05/04/2022 às 10:45

A Comissão Processante da Câmara de Campinas, que investiga se houve omissão do prefeito Jonas Donizette (PSB) no Caso Ouro Verde, adiou para quinta-feira o depoimento das três testemunhas de acusação que seriam ouvidas hoje. O adiamento ocorreu porque a comissão recebeu, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma série de documentos das três fases da Operação Ouro Verde e esse material precisa ser disponibilizado para os advogados de defesa e de acusação. É o segundo adiamento do depoimento das testemunhas de acusação. A primeira vez deveria ter ocorrido dia 17, mas a audiência foi suspensa porque nenhuma das dez testemunhas arroladas compareceu. Com a garantia de que falarão, o vereador acusador, Marcelo Silva (PSD), havia viabilizado a presença delas ontem, uma às 8h e duas às 14h. Segundo o parlamentar, o adiamento não vai prejudicar os depoimentos. Serão ouvidos o ex-servidor Maurício Rosa e os delatores Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli, que cumprem prisão domiciliar. O processo poderá levar à cassação do mandato do prefeito. Há mais de um ano, por ter foro privilegiado, Jonas vem sendo investigado pela Procuradoria Geral de Justiça, que até agora não divulgou qualquer resultado. A TV Câmara vai transmitir os depoimentos, mas sem divulgação de imagens. Maurício Rosa, ex-diretor do Departamento Administrativo da Secretaria de Saúde, será ouvido às 8h. Seu nome foi citado em depoimento dado ao Ministério Público pela presidente da Vitale, Aparecida de Fátima Bertoncello, a Tata. Segundo ela, Maurício seria um dos responsáveis por colocar em prática um esquema para conseguir verbas públicas e equacionar problemas financeiros por uma via alternativa ao processo judicial. Os delatores Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli, que cumprem prisão domiciliar, serão ouvidos às 14h. Eles são apontados pelo Ministério Público como donos da Vitale e teriam coordenado as ações dos supostos desvios de recursos públicos por meio da presidente (Aparecida Bertoncello) e dos lobistas Ronaldo Foloni e Vitor Franco. O esquema, até agora, segundo o MP, garantiu o desvio de R$ 7 milhões, que são objeto das apurações realizadas ao longo de três operações que contabilizaram 18 suspeitos presos, dez deles denunciados à Justiça em dois processos que estão em tramitação na 4ª Vara Criminal, com o juiz Caio Ventosa Chaves.

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