DISSEMINAÇÃO

Covid-19 avança para o Pq. Oziel e Campo Belo

Áreas fazem parte da Região Sul da cidade, para onde o coronavírus está se deslocando

Maria Teresa Costa
14/06/2020 às 10:06.
Atualizado em 29/03/2022 às 08:25
Bairros da Região Sul, como o Parque Oziel e Monte Cristo, apresentaram crescimento de 75% nos casos (Cedoc/RAC)

Bairros da Região Sul, como o Parque Oziel e Monte Cristo, apresentaram crescimento de 75% nos casos (Cedoc/RAC)

A disseminação do novo coronavírus em Campinas avançou na região Sul de Campinas e é agora a segunda área em casos confirmados da Covid-19. Em uma semana, essa região onde estão bairros como Parque Oziel, Campo Belo, São Domingos, saiu de 417 casos para 731, crescimento de 75,2%, no período, e ficou atrás apenas da Leste, que abrange a área central, Taquaral, Sousas e Joaquim Egídio, com 849 confirmações. A expansão dos casos da região central para regiões periféricas continua de maneira acentuada e já concentram 72,% dos registros da Covid-19. De acordo com boletim epidemiológico divulgado na noite de sexta-feira, e que avalia as regiões por distritos de saúde até 10 de junho, o maior crescimento de casos confirmados em uma semana, de 86,9%, ocorreu na Região Sudoeste, onde está o Jardim Ouro Verde. Essa região, no entanto, concentra 15,7% do total de casos confirmados até aquela data, quando Campinas computava 1.822 casos, e foi ultrapassada em registros pela Norte. Nessa área, que abrange bairros como Santa Monica, Jardim Aurélia e Barão Geraldo, foram registrados 548 casos de infecção pelo novo coronavírus, ou 17,8% do total de confirmações na cidade. A Noroeste, onde estão bairros como Florence, Parque Valença, Satélite Íris, tem o menor número de infectados coronavírus, com 463 registros, ou 15% do total. O avanço da disseminação do vírus de regiões centrais para as mais periféricas ocorre na maioria das cidades. Quando os primeiros casos da Covi-19 foram registrados no Brasil, a concentração estava nas regiões metropolitanas e bairros mais nobres onde vivem pessoas que, na época, tinham viajado para o Exterior e entrado em contato com quem viajou. Os três primeiros casos em Campinas ocorreram nessa situação. O quarto caso, no entanto, confirmado em 20 de março, foi considerado a primeira transmissão comunitária — a mulher, de 66 anos, não tinha registro de viagens. O avanço para regiões mais periféricas começou de forma mais lenta e agora está ganhando velocidade nessas áreas. A baixa adesão ao isolamento social e à adoção de medidas sanitárias pode ser uma das explicações. Os registros atuais refletem contaminações ocorridas duas semanas antes, tempo de incubação do coronavírus. Embora medidas sanitárias como uso de máscaras e álcool em gel passaram a ser adotadas por grande parte da população, a retomada gradual das atividades, iniciada na segunda-feira, aumentou a circulação de pessoas, o que pode contribuir para o avanço dos novos casos.

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