A paralisação dos carteiros durou 42 dias e foi encerrada na sexta-feira passada
Os Correios informaram que irão regularizar as entregas de cartas e encomendas na maior parte das localidades afetadas pela greve até o final do mês. A paralisação durou 42 dias e foi encerrada na sexta-feira passada, após determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a população ainda sente os reflexos do período de greve. O guarda-costas José Marcos de Moraes, de 43 anos, precisou ir até o Centro de Entrega de Encomendas, no Jardim do Lago duas vezes, ontem, para retirar um produto. “Rastreei e no site aponta que está aqui. Vim a primeira vez e eles não localizaram. Agora vim de novo e eles continuam procurando. Acho que até normalizar essa situação gerada pela greve ainda vai levar um tempo”, afirmou. Ele também relata que enfrentou problemas com a falta de entrega de boletos bancários. Recebeu O aposentado José Roberto Giraldi estava sem receber correspondências desde o início da greve. “Ontem [terça-feira, 18], eu recebi três que foram postadas em janeiro. Calculo que tenho pelo menos outras 15 correspondências para receber, inclusive documentos para declaração do imposto de renda”, afirmou. Os Correios informaram que as entregas serão regularizadas com a compensação dos dias em que os grevistas ficaram parados, segundo determinação do TST, e com a realização de horas extras e mutirões aos finais de semana. Dos 42 dias paralisados, 27 deverão ser repostos pelos trabalhadores, conforme determinação da justiça. Os outros 15 dias serão descontados do salário de abril dos empregados.