Córrego transborda e mata dezenas de galinhas

Três chácaras no Jardim Nova Esperança, em Campinas, foram invadidas pela água de um córrego que transbordou durante a chuva da noite de sexta-feira (8). De acordo com os moradores, é a segunda inundação em menos de um mês. A força da enxurrada foi tão forte que destruiu um muro e uma parede de um imóvel, que foi parcialmente interditado pela Defesa Civil. Dezenas de galinhas também morreram afogadas.

As chácaras também ficaram tomadas por entulhos que foram arrastados pela correnteza. Os moradores exigem que a Prefeitura realize obras para aumentar a vazão do córrego. A Administração Municipal garantiu que vai planejar uma ação definitiva para resolver o problema. 

A enchente foi registrada por volta das 19h30 de sexta. A água suja do córrego, que é alimentado por esgoto, invadiu três imóveis.

"É a quarta vez que isso acontece. A gente liga na Prefeitura, pede uma obra nesse córrego, mas até agora não fizeram nada. E vem sujeira, cobra, é terrível. Esse manilha não suporta a vazão" , disse o advogado Lourival de Oliveira Santana, de 43 anos, proprietário da chácara mais atingida, mostrando uma única manilha que serve para escoar a água do córrego que passa sob a estrada de terra em frente aos imóveis.

"Qualquer criança de oito anos sabe que só essa saída pra água não é suficiente. Isso é um absurdo" , disse o morador do bairro Nelson Campana, de 73 anos.

Na chácara de Santana, além de perder eletrodomésticos e até o material escolar recém-comprado de suas duas filhas, o dano ao imóvel foi grande. A piscina que estava em reforma ficou repleta de barro. Uma área de lazer externa com churrasqueira ficou completamente destruída. A parede e o telhado cederam com a força da enxurrada.

O muro que divide a propriedade vizinha também ficou comprometido. Cerca de 40 galinhas morreram afogados. No espaço onde os animais viviam, a água chegou a um metro de altura.

Ele e a família estão morando provisoriamente na chácara enquanto a casa da família passa por uma reforma.

"Os móveis estavam todos aqui. Perdemos muito coisa. É revoltante essa situação. É uma coisa que já tínhamos falado com a Prefeitura e que já aconteceu outras vezes. Não adiante vir depois que acontece, tem que tomar uma medida para evitar isso."

Santana não soube calcular o prejuízo, mas disse que vai cobrar da Prefeitura. "Quando é um fato da natureza é uma coisa, mas nesse caso não. A Prefeitura precisa fazer uma obra nesse córrego, sabia disso, mas não fez" , se revoltou.

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