Projeto para interligação de parques atenua prejuízos causados pela explosão demográfica regional
Parque Dorothy Stang, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, que estará interligado aos demais espaços socioambioentais: financiamento ofertado pela Corporação Andina de Fomento (Divulgação)
Hortolândia conta com recursos estrangeiros para a criação de um corredor ecológico que vai unir cinco áreas públicas de lazer do município, e transformá-las em espaços estruturados para atividades socioambientais. O projeto — orçado em R$ 130 milhões — se propõe a interligar espaços verdes da região central aos localizados na região do Jardim Rosolém. O financiamento obtido foi disponibilizado pela Corporação Andina de Fomento (CAF), e terá o governo federal como avalista. Mas o governo municipal não quer depender exclusivamente das verbas oficiais, e busca atrair parceiros privados para o projeto. A proposta, no caso, é envolver a comunidade na execução de obras. O corredor ecológico vai efetivamente ampliar a área verde do município. Mas o projeto também contempla obras civis estratégicas, como a urbanização da área sob a Ponte Estaiada. No trecho, vai existir um parque linear, com direito a quiosques e ciclovia. Ao todo, o financiamento proporcionará a realização de 26 obras de desenvolvimento urbano. Outra intervenção importante é a expansão da Estrada do Panaíno, que vai contribuir com a remodelação viária urbana entre o Condomínio Green Park e o Jardim Carmem Cristina. Até uma lagoa para contenção de enchentes integra o orçamento. Estarão interligados os parques Chico Mendes (Parque Ortolândia), Renato Dobelin (Centro), Irmã Dorothy Stang (Jardim Nossa Senhora de Fátima), Remanso das Águas (Carmem Cristina) e Santa Fé (Parque Gabriel). O mais interessante, nas projeções do próprio governo, é que os investimentos não precisam contemplar obras caras e demoradas, já que quatro, dos cinco parques envolvidos, já estão prontos. Apenas o Santa Fé continua em obras. A pista de caminhada do parque já está praticamente concluída. Resta implantar, no local, uma passarela para pedestres sobre o córrego, além dos equipamentos públicos de lazer. Década de espera O projeto do corredor ecológico é pensado em Hortolândia há nada menos que 13 anos. Desde 2005, a Prefeitura — com os governos que se sucederam — nutrem o sonho de integrar os parques públicos, e transformar para melhor o cenário urbano de uma cidade que, desde sua emancipação, sofre com o superadensamento populacional. Nunca, no período todo, o Executivo conseguiu apoio significativo da sociedade civil para as obras.