O projeto ainda tem outros dois trechos, ambos com obras em andamento. No maior deles, a extensão Nova Odessa-Americana-Santa Bárbara d?Oeste (24,3km), 94% dos trabalhos foram executados
A demanda de usuários a ser atendida pelo corredor é de 95 mil passageiros por dia ( )
As obras do Corredor Metropolitano Vereador Biléo Soares-Noroeste superaram metade do projetado ao longo da última década. De acordo com balanço da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), 17,4km dos 31,7km da extensão total que o corredor terá quando concluído já estão em operação (55%), sendo 3,8km de vias em Campinas, 5km em Americana, 2,9km em Hortolândia e 5,7km em Nova Odessa. Estão em construção mais 6,6km, sendo 2,9km em Santa Bárbara d’Oeste e 3,7km em Hortolândia. Os 7,7km restantes se referem ao trecho da variante Sumaré-Hortolândia, que ainda está na fase de projeto executivo. Nesse trecho está prevista a ligação das avenidas Rebouças (Sumaré) e Olívio Franceschini (Hortolândia), a construção de quatro pontes e do viaduto sobre a linha férrea e Ribeirão Quilombo, além da implantação do Terminal Multimodal de Sumaré. O projeto do Corredor Noroeste ainda tem outros dois trechos, ambos com obras em andamento. No maior deles, a extensão Nova Odessa-Americana-Santa Bárbara d’Oeste (24,3km), 94% dos trabalhos foram executados e a conclusão está prevista até o fim do ano. Já na extensão Hortolândia-Sumaré-Campinas (4,8km), 44,5% dos trabalhos foram executados, com conclusão prevista para julho de 2019. Por enquanto, já operam a Estação de Transferência Pinheiros e Parada Emancipação, ambas em Hortolândia. Ainda serão entregues duas alças de acesso à SP-101 sobre a ferrovia, mais a Estação de Transferência Rosolém-Hortolândia, Estação de Transferência Peron-Hortolândia, Parada III da Avenida Lix da Cunha-Campinas e cinco estações de embarque e desembarque. A demanda de usuários a ser atendida pelo corredor é de 95 mil passageiros por dia, o que corresponde à movimentação total estimada de deslocamentos em toda a bacia Noroeste da RMC. Dificultadores Em nota encaminhada à reportagem, a EMTU destaca dois fatores como os principais responsáveis pelas dificuldades encontradas ao longo dos últimos 12 anos durante as obras do Corredor Noroeste. Um deles é político: “É importante considerar que empreendimentos metropolitanos são desenvolvidos sempre em parceria com as prefeituras, responsáveis pela gestão dos espaços urbanos, e dependem, muitas vezes, de providências da administração municipal como a desocupação de áreas, por exemplo. Em outros casos, mudanças de governantes municipais levam a alterações de procedimentos ou áreas já definidas em projeto para serem utilizadas pelo Estado, com a necessidade de novas discussões para um consenso, o que compromete as previsões de conclusão das obras”, aponta a empresa. Já a crise econômica que se acentuou no Brasil a partir de 2014 é outro componente dificultador, na visão da EMTU: “Além da reestruturação financeira por que passaram todas as esferas de governo, houve licitações não previstas inicialmente para substituir empresas contratadas que não honraram seus compromissos devido a dificuldades financeiras”.