DESCASO

Cópias de receitas médicas são achadas na rua

Saúde confirma descarte irregular de receituário recolhido no CS Faria Lima e apura circunstâncias

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
11/09/2013 às 21:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:36

Cópias de receitas de medicamentos controlados, algunos com dados do paciente, encontradas em plena Avenida Faria Lima pela manhã ( Edu Fortes/AAN)

Dezenas de cópias de receituários médicos contendo informações de pacientes e de médicos apareceram espalhadas pela Avenida Brigadeiro Faria Lima, entre a Policlínica 3 e o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, no Parque Itália, em Campinas, ontem pela manhã. As receitas são de médicos de várias unidades de saúde, cujos medicamentos foram provavelmente retirados na farmácia do Centro de Saúde Faria Lima, instalado no local, conforme apura a Secretaria de Saúde.O caso foi revelado por funcionários do Centro de Saúde Faria Lima. “Não é assim que se dispõe das receitas. Elas têm informações sigilosas, como nome do paciente, o remédio prescrito e até o carimbo com as informações do médico. O certo seria passar o material em uma picotadeira antes de dispensar”, afirma o servidor que fez a denúncia, porém, não se identificou. Entre as receitas espalhadas pela rua estão a de medicamentos controlados e com datas recentes, como dos meses de maio e abril. Elas foram recolhidas por servidores.O caso chamou a atenção de quem passava pela rua. “É um absurdo isso. Eu não gostaria de ver uma receita minha com meu nome espalhada pela rua”, comentou a dona de casa Jacira Gomes.Há receitas assinadas por médicos do Hospital Celso Pierro, Mário Gatti e do Hospital de Clínicas da Unicamp. Em alguns casos, havia cópias originais da receita, contendo todas as informações sobre o tratamento dos pacientes.A Secretaria de Saúde confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que as receitas médicas que foram encontradas na rua estavam no CS Faria Lima. Segundo a pasta, os documentos foram descartados equivocadamente por um trabalhador do local na terça-feira.Uma portaria municipal da Secretaria de Saúde, de 6 de setembro de 2001, determina que a primeira via da receita deverá ser devolvida ao paciente e a segunda via deverá ser retida no dispensário e arquivada por seis meses. Após esse prazo, a receita deve ser descartada de forma que não seja possível identificar o destinatário e o prescritor.“Ao contrário do que é determinado, as receitas foram acondicionadas em caixa de papelão com a identificação de pacientes e médicos e colocadas na lixeira. Assim que percebido o erro, no mesmo dia, os profissionais do local recolheram as receitas para realizarem o correto descarte”, informou nota enviada ao Correio.A coordenadoria do Distrito Sul orientou os profissionais sobre como proceder para a emissão das receitas e afirmou que irá abrir sindicância para apurar os fatos.

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