CAMPINAS

Convênio com Cândido termina nesta quarta

Entre os demitidos estarão 110 médicos e 436 funcionários que atuam no atendimento à rede básica

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
13/03/2013 às 08:47.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:51

Com a demissão de 546 funcionários nesta quarta-feira (13), a Prefeitura de Campinas encerra o convênio com o serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira e põe fim a uma polêmica judicial que se arrasta desde 2011.

Entre os demitidos estarão 110 médicos e 436 funcionários que atuam tanto no setor administrativo quanto no atendimento à rede básica de saúde de Campinas. Auxiliares de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, auxiliares administrativos e médicos cumprem seu último dia de jornada na Secretaria de Saúde.

Os cargos estão espalhados pelos centros de saúde, unidades de pronto atendimento e no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.

A demissão pode agravar ainda mais a situação das unidades de saúde de Campinas, que já sofrem com déficit de 400 médicos na rede pública, incluindo os 110 demitidos. Para evitar a desassistência, a Prefeitura anunciou a contratação temporária emergencial de 200 médicos. Deste total, 94 vagas foram preenchidas. Eles devem começar sua jornada sexta-feira.

Outros 127 médicos foram convocados e devem escolher seus postos de trabalho na rede hoje. A expectativa da secretaria de Recursos Humanos é de que esses últimos convocados comecem a trabalhar na semana seguinte. Antes, precisam fazer exames de saúde e cumprir os trâmites burocráticos para assumir o posto.

A falta de funcionários já está impactando o atendimento à população. No laboratório municipal o atendimento ficou comprometido desde a semana passada. Alguns centros de saúde, como o CS Fernanda anunciaram que só estão colhendo amostras para exames de grávidas, urgência e para teste de dengue.

A Secretaria de Saúde negou que essa ordem tenha sido feita, mas um cartaz na frente do CS Fernanda na semana passada informava sobre a falta de funcionários. E nos pronto-socorros e centros de saúde, a situação pode piorar.

A demissão e o fim do convênio é uma determinação de um acordo firmado com o Ministério Público no ano passado.

A Justiça considerou o convênio irregular e determinou a demissão dos 621 funcionários contratados por meio do convênio.

A Prefeitura realizou concurso público ano passado e vem obtendo na Justiça a prorrogação do contrato até conseguir convocar os aprovados. Aos poucos, a Secretaria de Recursos Humanos está convocando 530 pessoas de concursos públicos realizados anteriormente.

Parte desse pessoal já assumiu seus postos de trabalho, mas esse número não foi revelado. A expectativa da secretaria é que esses aprovados devam assumir suas funções ao longo das próximas semanas.

Há toda uma série de regras e burocracia que deve ser seguida até que os aprovados assumam seus postos. O secretário de Saúde Cármino de Souza dará uma coletiva de imprensa hoje para falar sobre o assunto.

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