alfavela

Construindo um lugar para torcer

Artesão do Jardim São Fernando usa só material reciclável para revitalizar praça com tema da Copa

Yasmin Rachid, especial para a AAN
20/04/2018 às 08:02.
Atualizado em 22/04/2022 às 04:11
Boro não vê a hora de "reinar" no centro do seu coração ambientalmente correto; as intervenções do morador já são famosas em todo o bairror
 (Yasmin Rachid/Especial para a AAN)

Boro não vê a hora de "reinar" no centro do seu coração ambientalmente correto; as intervenções do morador já são famosas em todo o bairror (Yasmin Rachid/Especial para a AAN)

O projeto Alfavela, de revitalização de praças com emprego exclusivo de material reciclável, já tradicional no Jardim São Fernando, em Campinas, está abordando agora o tema Copa do Mundo 2018, que acontecerá em junho deste ano, na Rússia. Responsável pela iniciativa desde 2001, o artesão Ideval Ribeiro dos Santos, de 55 anos, mais conhecido como Boro, já está correndo contra o tempo para conseguir doação de materiais. Segundo Boro, a ideia do Alfavela surgiu com a vontade de preparar um espaço no bairro para promover campanhas nacionais e também torná-lo um ponto de lazer para os moradores. Alegria O que antes era tomado por lixo, hoje transmite alegria para quem passa pelo local. Com um “coração” ao centro, montado com tampinhas de garrafas, a praça se tornou um local de convívio social, renovação e lembrete de campanhas e datas comemorativas. A praça está sendo decorada para a Copa do Mundo, com as cores do Brasil (amarelo, azul, verde e branco). Todo o material é reutilizável e Boro monta tudo sozinho. “É um projeto de vida, feito inteiramente com lixo reciclável. Faço sozinho, sem ajuda do poder público, nem com dinheiro dos outros”, orgulha-se o artesão. Do lixo para o coração Esse não é o primeiro projeto feito por Boro. Ele já enfeitou a praça para celebrar o Natal e o Ano Novo, além de campanhas públicas, como prevenção ao câncer e outras doenças. E Boro se prepara para mais campanhas sazonais. Todos os projetos, inclusive o atual, o artesão montou sozinho, mas não rejeita ajuda de quem oferecer. “Fica difícil falar em dinheiro com tanta coisa acontecendo, mas se quiserem doar materiais, eu aceito”, disse. Para Boro, é gratificante ver as pessoas usufruindo da área que ele próprio montou com materiais descartáveis para reciclagem. Para fazer este projeto para a Copa do Mundo, o artesão utilizou muitas tampinhas de garrafas que foram doadas por escolas, dentre elas, a Escola Municipal Presidente Floriano Peixoto, que fica localizada no próprio Jardim São Fernando. O mosaico ainda não está pronto. Faltam ao menos 11 mil tampinhas de garrafa, 30 sacos de argamassa e tintas nas cores verde, amarelo, azul e branco. Para terminá-lo, Ideval aceita doações de materiais de quem quiser e puder ajudar o Alfavela.

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