VINHEDO

Conselheiros reivindicam condições de trabalho

Principal reclamação é a falta de veículo para realizar fiscalizações

Daniel de Camargo
15/08/2018 às 09:14.
Atualizado em 23/04/2022 às 04:46
Eleandro Andrade Lima denuncia que oito ambulâncias estão paradas (Thomaz Marostegan/Especial para AAN)

Eleandro Andrade Lima denuncia que oito ambulâncias estão paradas (Thomaz Marostegan/Especial para AAN)

Representantes do Conselho Municipal de Saúde de Vinhedo reivindicam melhores condições de trabalho e reclamam da morosidade no despacho de demandas com a Secretaria de Saúde. A principal e mais antiga solicitação dos conselheiros, que são voluntários, é um veículo para poderem realizar as fiscalizações. A indignação aumenta pelo fato, segundo eles, de 20 carros da frota do município estarem parados há um bom tempo aguardando manutenção. Eleandro Andrade Lima denuncia que, dentre os automóveis, oito são ambulâncias, das quais cinco são alugadas pelo custo anual de R$ 600 mil. Segundo Lima, as averiguações realizadas pelo CMS observam desde a estrutura física até o atendimento aos usuários da saúde. A cidade conta com cinco Unidades Básicas de Saúde(UBSs) instaladas nos seguintes bairros: Jardim Três Irmãos, Vila João XXIII, Vila Planalto, Von Zuben (1º de Maio). Além delas, o CMS inspeciona, entre outros, a Policlínica e o Centro Médico Dr. Manoel Matheus Neto. “Estamos entrando com um pedido de ressarcimento junto ao plenário”, diz, sobre os valores gastos para abastecer os próprios veículos, utilizados na falta de um cedido pela Prefeitura. Há quatro anos como representante dos usuários, Lima revela que realiza trabalhos informais como ajudante de caminhão e cuidador para se manter, uma vez que não é remunerado na função. Presidente do órgão há cerca de dois meses, Maria Aparecida Maciel, conhecida como Doca, utiliza um tom mais comedido. Para ela, a demora referente a alguns pedidos é normal. “Nada na Prefeitura é rápido. Tudo demora”, justifica. Entretanto, a administradora de 57 anos, elogia a Saúde do município. “Por lei federal, devemos investir 15% das verbas municipais no setor. Porém, são destinados 25%”, afirma. Ela comenta que a verba direcionada ao CMS, todavia, é irrisória. “Temos R$ 10 mil anuais. Com esse recurso não conseguimos realizar quase nada. Utilizamos somente para despesas diárias”, explica. Além do automóvel, eles pedem a ampliação de dois para três computadores, e de uma para duas linhas telefônicas. E a Prefeitura? Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde contesta e diz que as informações repassadas pelos integrantes do CMS são imprecisas. A Pasta entende que trata-se de opiniões particulares e não um consenso entre os membros. Alguns pontos são relembrados no texto, como a entrega no final de 2017 de um novo espaço totalmente remodelado. No caso, o imóvel na Avenida Presidente Castelo Branco, nº 839, em Nova Vinhedo, onde o órgão está instalado. “Esta foi uma importante conquista do Conselho, já que a entidade funcionava antigamente numa simples sala, com uma divisória, localizada no prédio da Secretaria de Comércio e Indústria”, diz trecho da nota. A secretaria afirma ainda que provê a estrutura necessária. Sobre o automóvel, a Pasta informa que a prioridade é, antes de tudo, atender aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e que foi implantado um sistema de uso compartilhado de veículos. Assim, tanto o CMS quanto a população são atendidos. Segundo a secretaria, o carro solicitado só não foi cedido em duas oportunidades. A respeito da demora no retorno das demandas, a Administração informa que não condiz com a realidade dos fatos, pois todos os requerimentos são respondidos em tempo razoável. Sobre a frota parada no pátio da Secretaria de Serviços, foi informado que “após um laudo detalhado dos itens necessários para conserto, foi providenciada uma Ata de Registro de Preço para Peças e Serviços, Pregão 43/2018, em andamento, para esta finalidade.”

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