Confusão em treino de cachorra acaba em delegacia

Um mal-entendido entre um jovem de 23 anos e um adestrador acabou em confusão e depois na delegacia, neste sábado (25), em Valinhos. O rapaz acusa o adestrador de agredir sua cachorra, uma border collie de um ano e dois meses, durante aula de adestramento. Durante o treino, o animal avançou sobre o professor, que para se defender puxou a guia com o enforcador até o animal se engasgar e vomitar, segundo o jovem. Houve discussão e o rapaz registrou boletim de ocorrência por ameaça e prática de ato de abuso a animais. Primeira aula A confusão ocorreu durante a primeira aula da Luna. O dono conta que matriculou a cachorra na escola de adestramento para corrigir o hábito de ela avançar em pessoas estranhas. Ficou acertado que o cão teria duas aulas por semana com meia hora de instrução. A aula seria individual e com a presença do dono. "Avisei que a cachorra era agressiva, insegura, medrosa e queria corrigir isso nela. Da minha família, ela nunca atacou, mas se sente ameaçada quando vê pessoas estranhas", contou. Enquanto se preparava para treinar a cachorra, o adestrador ficou passando instruções para o jovem e mandou que ele soltasse o animal. Segundo o rapaz, a cachorra correu no gramado da chácara onde funciona a escola, mas do nada ela se sentiu ameaçada e avançou na perna do treinador. Pegou a perna "Ela pegou na perna dele, mas não mordeu. Fui orientado a colocar a guia com a enforcadeira e coloquei. Em seguida, o adestrador pegou da minha mão e saiu arrastando a cachorra e dando trancos. A cachorra foi levantada no ar e começou a engasgar, vomitou e depois ficou sem reação. Na hora fiquei assustado e não falei nada" , relatou o jovem. Segundo o rapaz, a cachorra voltou a avançar no adestrador e ele novamente a agrediu, momento em que houve o bate-boca. O adestrador nega que o rapaz o tenha avisado sobre a agressividade da cachorra, mas admite que a puxou pela guia como forma de se defender. "Faltou comunicação entre nós. Se ele tivesse falado que a cachorra avançava, eu faria um outro tipo de treinamento", disse, frisando que trabalha no ramo de treinamento há cinco anos e atua como médico veterinário há 20 anos. Rede social Revoltado e traumatizado com a situação, o jovem desabafou a atitude do adestrador e os maus-tratos com o animal em sua página na rede social e houve cerca de 500 compartilhamentos e 15 mensagens de apoio. Indignado com os comentários do jovem no Facebook, o adestrador promete acionar a Justiça por danos morais. "Eu não tinha indicação de adestradores e pesquisei na internet. Vi que a escola tinha bons comentários e levei a cachorra para uma avaliação. A dona do local é excelente, amorosa com os animais e senti confiança, mas não esperava que o adestrador fosse tão agressivo", resumiu o rapaz.