Santista, pontepretanos e bugrinos foram detidos em ocorrências registradas antes, durante e depois do jogo
Sete torcedores foram presos por provocarem briga e tumulto generalizado durante o jogo do Santos e da Ponte Preta, realizado neste domingo (17), no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Uma das brigas aconteceu 10 minutos antes do jogo. Os irmãos pontepretanos Rafael Martins, 29 anos, e Tiago Martins, estavam no meio da torcida do Santos, provocando os rivais. Foi preciso a intervenção da Polícia Militar para conter os ânimos dos brigões. Eles foram conduzidos ao 1º Distrito Policial e em seguida foram liberados.
Momento antes do jogo começar, um grupo de quatro torcedores do Guarani foi detido por Guardas Municipais, que escoltavam a torcida da Ponte Preta. Segundo relatou os guardas, Rodrigo França de Aquino, 19 anos, Rafael Emerson Andrade, 29 anos, Diego Caldeira Camargo, 17 anos, Gustavo Cassiano Chinália, 28 anos, estavam em um Corsa preto ameaçando torcedores pontepretanos e fazendo menções de armas. Ao fazer a abordagem do veículo, os rapazes tentaram fugir, ultrapassaram o sinal vermelho e colidiram com outro veículo. Durante revista, foram encontrados no interior do veículo 14 pedaços de paus (porretes) que seriam usados para agressões.
A terceira ocorrência foi registrada no final do jogo. Após isolar a saída dos fundos do estádio, do Proença, para os torcedores do Santos, com o objetivo de evitar confronto entre as torcidas, o torcedor do Santos, Júlio Félix Cordeiro, 35 anos, tentou passar com a filha, de 8 anos, mas foi impedido pelos policiais militares. Indignado, ele teria xingado os policiais de corruptos, além de outras ofensas, e incitado a torcida a agredir os policiais. Teve início um tumulto generalizado e 21 policiais militares precisaram usar balas de elastômero (balas de borracha) para controlar os torcedores. "Ele incitou a torcida a agredir os policiais, a massa veio para resgatá-lo e foram usadas munições não letais para dispersar a multidão".
Segundo os policiais, no momento em que ia ser detido, Cordeiro segurou a filha no colo e tentou usá-la como escudo. "Colocamos ela no chão. Ele tentou resistir à prisão e usamos a força necessária para contê-lo. Entregamos a criança para a irmã dele e o trouxemos para o DP" , afirmou o tenente Antunes. O policial informou que pretende apresentar a cópia do termo circunstanciado à Vara da Infância e da Juventude. Todos os torcedores serão enquadrados no Estatuto do Torcedor e, se condenados, podem pegar até 2 anos de prisão.