MEDIDAS

Confirmada desapropriação para ampliar Unicamp

Governador informou à Prefeitura que publicará a disponibilização de uma área de 1,4 milhão de m2

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
15/03/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:37

Área da Fazenda Argentina, que será desapropriada para ampliação do parque científico da Unicamp (Cedoc)

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) informou que publica nesta sexta (15), ou na segunda-feira, decreto desapropriando a Fazenda Argentina, uma área de 1,43 milhão de metros quadrados ao lado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para a expansão da universidade. Parte dessa área, cerca de 200 mil m2, será utilizada para a ampliação do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, o que garantirá seu credenciamento, de imediato, no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), criado pelo governo estadual para dar apoio e suporte ao desenvolvimento inovativo, atrair investimentos e gerar novas empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica. Hoje, o parque da Unicamp está pré-credenciado.

A informação da liberação da desapropriação foi dada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que se encontrou com o governador ontem pela manhã, no Encontro de Prefeitos, em São Paulo. O prefeito informou, à tarde, no lançamento do Plano Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, que a desapropriação será um grande avanço para Campinas. O plano anunciado ontem, conforme já havia adiantado o Correio, prevê parceria da Prefeitura com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Núcleo Softex para implantar na cidade primeira aceleradora de empresas do País.

Recursos

No caso da expansão da Unicamp, as terras a serem ocupadas pertencem hoje à empresa Heliomar S.A., que tem entre os sócios José Pires de Oliveira Dias Neto, vice-presidente da rede Drogasil, e seu irmão Carlos Pires Oliveira Dias, presidente da rede de farmácias e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Camargo Corrêa. Os recursos para o pagamento sairão da Unicamp, que já obteve a autorização do Conselho Universitário para dispor de R$ 150 milhões para a aquisição das terras.

Dois prédios estão sendo construídos na atual área do parque; um, com 2,6 mil m2 será a sede da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp e o outro abrigará, em 1,6 mil m2, o Laboratório de Inovação em Biocombustíveis (LIB), que vai desenvolver projetos de processo de produção de biodiesel, etanol e bioquerosene.

De acordo com Roberto Lotufo, diretor executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, o parque já atraiu mais de R$ 30 milhões, tendo a universidade investido 44% desse valor.

“Esse é um projeto de longo prazo e somente será concretizado com a continuidade do apoio da reitoria”, afirmou.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai se instalar no parque, mas enquanto isso não ocorre, existe um contrato de cooperação para a utilização conjunta da Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (Umip GenClima). Inicialmente serão utilizados os laboratórios já existentes nas duas instituições e posteriormente será construído um grande laboratório, em uma área de 2,5 mil metros quadrados, no parque científico da Unicamp.

Nesse parque está sendo construído o centro de pesquisa da Cameron, empresa norte-americana fornecedora de equipamentos e sistemas para escoamento de petróleo e gás. A Samsung está instalando um laboratório dentro Inovasoft, o Centro de Inovação da Unicamp, em parceria com a instituição, para desenvolver projetos de plataformas computacionais móveis. O próximo laboratório poderá ser da multinacional Chevron, que procurou a universidade para parcerias. 

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