Guilherme Leite estava em ação que terminou na morte de auxiliar administrativo
Foi preso na manhã deste sábado (22) o lavador de carros Guilherme Maximiana Leite, de 20 anos, que participou do roubo a uma construtora na Vila 31 de Março, em Campinas, em julho de 2011 — a ação resultou na morte do auxiliar administrativo Diogo Marcio Tognoni, de 23 anos, que foi atingido por quatro tiros. Em novembro do ano passado Leite foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) e estava foragido. O outro assaltante que participou do crime, Felipe Hebert da Silva Siqueira, hoje com 21 anos, já havia sido preso em outubro de 2011, na cidade de Correntes (PE).
De acordo com o tenente da PM Bruno Viegas, da Força Tática de Campinas, Leite estava trabalhando em um lava-rápido no Jardim Flamboyant no momento da prisão. Ontem, inclusive, era aniversário dele. O preso ficou foragido por dois anos, e durante um ano e meio morou com o pai em Hortolândia. Segundo o tenente Viegas, uma denúncia anônima levou à prisão do autor do crime.
“As denúncias anônimas são muito importantes e ajudam no nosso trabalho. É importante que as pessoas que tenham informações denunciem ao 181”, disse.
O crime ocorreu no dia 20 de julho de 2011. Os dois assaltantes invadiram a empresa Odine Construção, na Vila 31 de Março, porque pensavam que era dia de pagamento do vale dos funcionários, já que havia um grande movimento de pessoas — na verdade, elas estavam ali para uma entrevista de emprego. A dupla aproveitou o momento em que um dos funcionários abriu o portão e invadiu o local. Segundo a polícia, na época, os ladrões renderam os funcionários, que foram levados para um cômodo nos fundos da empresa.
Tognoni e uma outra funcionária foram mantidos na sala em que trabalhavam com um dos ladrões, que exigiu que ele entregasse o dinheiro do suposto vale. O auxiliar disse que não havia dinheiro na empresa. Um dos ladrões então pegou um notebook que estava em cima da mesa, um Nextel e a bolsa da funcionária, e atirou quatro vezes. De acordo com a polícia, os assaltantes agiram com frieza e atiraram porque não conseguiram roubar dinheiro. Eles também teriam confundido a vítima com o proprietário da empresa.
Os dois bandidos foram reconhecidos cinco dias após o crime, quando tentavam vender o notebook roubado. Uma denúncia anônima foi feita, mas os acusados não foram presos na época. Em outubro de 2011, Felipe Siqueira, autor dos disparos, foi preso no município de Correntes (PE), no Agreste pernambucano.
Em novembro do ano passado, o juiz Ricardo Augusto Ramos, da 2 Vara Criminal de Campinas, condenou Leite a 26 anos de cadeia em regime fechado, e negou direito para responder em liberdade. Ambos já tinham passagem pela polícia por roubo durante a adolescência.